PROTESTANTE DESISTE DE DIETA A PÃO E ÁGUA

(Foto do Carlos Araújo, do Diário de Coimbra e ex-aluno do "Olho de Lince")

 

 Logo de manhã fomos confrontados com a notícia nas primeiras páginas dos diários, “Beiras e Coimbra”: “A pão e água à porta da Câmara –Moradora em Alcarraques queixa-se de “atentado ambiental” com mais de uma década”.

 Foi uma bomba que caiu na redacção do blogue. Foi pior que o Bispo de Coimbra, por hipótese, anunciar que a Igreja de Santa Cruz, enquanto Panteão Nacional, durante o Verão, irá estar aberta todos os dias entre as 10 e as 23 horas. Ah, mas isto aqui foi muito pior! O nosso director –que por acaso sou eu-, completamente irritado, a espumar pela boca, assim com os olhos esbugalhados –estão a ver?-, fora das órbitas, ai “Jasus”! Eu nunca o vi assim! Repetia até à exaustão: “como é que isto foi possível? A cem metros da redacção e ninguém se apercebeu do protesto junto à câmara?”.

Ao que tudo indica, o atentado ambiental passou para aqui. Já vi que vão rolar cabeças cá no blogue. Pelo menos parece. Ou pode ser que não. O director Luís Fernandes é um bocado marado, é assim um tipo de excessos. Na hora irrita-se “bué”, quase parece que vai fazer do opositor um coelho, isto é, está pronto a arrancar-lhe a pele. Estão a ver? Pois é, ele é mesmo assim. Dizem que parece bipolar, ou que raio o que isso é! O que sei é que passado um bocado, depois de lhe passar a fúria, quase que pede por amor de Deus para lhe desculparem os excessos de linguagem. O raio do homem passa-se mesmo dos carretos.

Bom, mas continuando, o senhor director até gagueja, parece o Carlitos “Popó” com a língua entaramelada. Só grita: “eu quero saber o que aconteceu aqui! Eu não tolero negligências deste tipo. Vocês estão como a PSP que não se apercebe de um assalto a 60 metros da esquadra?”.

-Tu, ó “Olho de Lince”, por onde andaste ontem, para não te aperceberes do protesto da senhora de Alcarraques à frente da autarquia?

-Ó chefe, desculpe, mas por acaso, até andei lá perto, andei de nariz no ar na Rua da Moeda…mas não me apercebi de nada…chefe! –respondeu o nosso fotojornalista a titubear. Ai coitadinho! Tive tanta pena dele. Para mais, farta-se de trabalhar e já não recebe, eu sei lá!, há mais de um ano. Isto admite-se? É um escândalo! Anda o desgraçado a denunciar situações de injustiça e a maldita mora cá em casa e assentou arraiais que mais parece a tropa no Parque Verde.

-E tu, ó director-adjunto, também não soubeste nada?

-Não chefe, juro pela alminha do nosso Conquistador que está a dormir mesmo ao lado da autarquia -o António Quintans, o director-adjunto, até está branco, sério!, eu seja ceguinho se não parecia o Ministro das Finanças sempre que está perante um anúncio das agências de”rating”de baixa de nota de risco de crédito.

-E tu, ó director executivo, também não soubeste nada? Não sei que merda de jornalistas são vocês…

-Ó Chefe…alto lá! Que maneiras são essas de falar? Vamos lá com calminha, sim! Sabe há quantos meses não recebo ordenado? Sabe! Continue assim que vai ver! Ainda vou levar o caso ao Quim Reis, da Antena 1, para ele denunciar esta injustiça na rádio. Por muito menos, disse ele há dias que o Diário de Coimbra pagava mal aos jornalistas…

-Corta lá, que isso não é para aqui chamado. Vocês são jornalistas ou mulheres do “traz e leva”? –cortou o nosso director abruptamente.

-E tu Rosete, “Sempre-em-cima”, também… nin…guém te… fez …chegar… nada?

O nosso director –que por acaso sou eu-, de repente pareceu ficar fraquinho, como se estivesse sem pilhas, estão a ver? E não adivinham porquê, pois não? Porque não o conhecem como eu. Se conhecessem a”bisca” viam logo o que é que se passa. A Rosete traz um decote mais aberto que o mercado livre da Globalização. Ai, palavra, as mamas dela são melhores que as da Bruna Real, de Mirandela. Ai, minha Nossa Senhora, que não é nada comigo e até se me está a subir uns calores. Quer dizer, eu até posso ficar impressionado pelas protuberâncias anatómicas da rapariga, agora o paspalho do chefe é que não. É mesmo um bacoco. Só queria que vissem, derrete-se todo como se fosse um Corneto de chocolate exposto ao Sol de Agosto.

-Ó chefe, o senhor sabe como eu sou! –já viram a “deslambida” a embrulhar o pobre homem com aquele olhar meloso de cadela com cio? Eu já desconfiava que o cabrão do director andava enrolado com a Rosete, mas isto é mesmo a prova final.

-Pois, é verdade, sim, Rosete. Felizmente que tenho aqui uma pessoa como tu para me consolar nestas horas de angústia. Eu sei que tu se soubesses terias ido lá logo a correr…

-Ó chefe, mas olhe que hoje, logo de manhã, estava de plantão às portas da câmara, mas a senhora já se tinha pirado. Falei com uma testemunha, que pediu o anonimato, que me disse que a senhora só veio aqui para falar para a comunicação social. Logo a seguir foi-se à vida. Se calhar foi ouvir o Encarnação ao tribunal, no julgamento do presidente da Académica…não sei! Acho eu. Pode ser, não pode?