(Imagem da Web)
A comunidade internacional sempre
foi dada a exageros. Quase sempre por interesse, numa subserviência
desenvergonhada, alinha sempre ao lado do parceiro mais forte ora na condenação
ora na exaltação.
O que estamos a assistir neste
momento pela morte de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e líder do
ANC, extravasa toda a racionalidade assente num desejável bom-senso que, por
norma, as nações do mundo devem praticar. Num luto apregoado, a raiar a
pandemia global, onde o sentimento será meramente residual, os países decretam
o luto entre a ideologia do governo e a cor de pele do chefe. Repare-se: a
África do Sul, pátria de Mandela, decretou uma semana de luto nacional pelo seu
herói; o Brasil promulgou sete dias; Índia obrigou-se com 5 dias; a Venezuela legislou
3 dias; Cuba três dias; Cabo Verde obrigou-se com 3 dias; Tanzânia e Mauritânia
e Egipto, países africanos, colocam as bandeiras a meia-haste durante três dias;
Congo seis dias de luto; Estados Unidos três dias de luto. A surpresa relativa
veio de Moçambique, vizinho da África do Sul, que, apesar de lamentar a morte
de Mandela, não decretou luto nacional. Outra surpresa (sem a ser) vem de
Portugal que, sem se preocupar com outras perdas de cidadãos nacionais em luta
pela defesa do país –como é o caso dos bombeiros, por exemplo-, determinou três
dias de luto nacional. Haja pachorra para tanta hipocrisia!
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