sábado, 7 de dezembro de 2013

EXAGEROS (INTER)NACIONAIS

(Imagem da Web) 



A comunidade internacional sempre foi dada a exageros. Quase sempre por interesse, numa subserviência desenvergonhada, alinha sempre ao lado do parceiro mais forte ora na condenação ora na exaltação.
O que estamos a assistir neste momento pela morte de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e líder do ANC, extravasa toda a racionalidade assente num desejável bom-senso que, por norma, as nações do mundo devem praticar. Num luto apregoado, a raiar a pandemia global, onde o sentimento será meramente residual, os países decretam o luto entre a ideologia do governo e a cor de pele do chefe. Repare-se: a África do Sul, pátria de Mandela, decretou uma semana de luto nacional pelo seu herói; o Brasil promulgou sete dias; Índia obrigou-se com 5 dias; a Venezuela legislou 3 dias; Cuba três dias; Cabo Verde obrigou-se com 3 dias; Tanzânia e Mauritânia e Egipto, países africanos, colocam as bandeiras a meia-haste durante três dias; Congo seis dias de luto; Estados Unidos três dias de luto. A surpresa relativa veio de Moçambique, vizinho da África do Sul, que, apesar de lamentar a morte de Mandela, não decretou luto nacional. Outra surpresa (sem a ser) vem de Portugal que, sem se preocupar com outras perdas de cidadãos nacionais em luta pela defesa do país –como é o caso dos bombeiros, por exemplo-, determinou três dias de luto nacional. Haja pachorra para tanta hipocrisia!


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