Um País mendicante que ansiosamente espera
pelo seu salvador só pode ser uma Pátria perdida e acabará incinerada no fogo
de perdição do Inferno. Uma Nação que, de tempos-a-tempos, estende um tapete
vermelho a alguém para a salvar e a seguir, num sadismo absoluto, queima o salvador
em lume brando sem memória só pode mesmo ser psicoticamente perturbada.
Desgraçados daqueles que responderem ao
impulso sebastiânico de uma elite cobiçosa que apenas está interessada em
continuar a mamar. Já foram Sa(n)tanás, já foram Deus, já foram oceanos, já foram enseadas, já
foram lagos, agora é um Rio. Tudo serve para arder na fogueira mediática da
idolatria. Como já vem sendo hábito, começam por jurar a pés juntos de que
dessa água não beberão –à espera que todos os que convidam se ajoelhem e com
promessas de ir a Fátima a pé, em promessa. De recuo em recuo, como se o poder
fosse uma maçã e sofresse a mesma atracção pelo pecado, acabam a trincar e
depois é uma mera aritmética de apostar o tempo em que será venerado e
linchado. É assim um caminho curto entre bestial e besta.
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