segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ESTE VERÃO CALACEIRO

(IMAGEM DA WEB)




Vais-te embora querido Verão
sem te despedires de alguém,
as coisas estão como estão,
deixas-nos pobres sem vintém,
quando entras és como aparição,
nova estrela salvadora de Belém,
prometes ser primavera de ilusão,
depois dás chuva como te convém,
do Sol desejado fazes como Adão
a enganar Eva, garantindo o Além,
estás igual aos governos da Nação,
já não consegues agradar a ninguém
anuncias bom tempo e és desolação,
nos dias acalorados ficas refém,
incitas incêndios que nos afundarão
neste vale de lágrimas de armazém,
que já não consegue conter o cidadão,
vai-te embora melga, leva o teu desdém,
para este ano chega de magoar o coração,
acredito que é a natureza que te mantém,
mas dá-me o clima da minha recordação,
não firas mais esta alma que me sustém,
estás feito um troca-tintas, um cinzentão,

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