terça-feira, 27 de julho de 2010

BOM DIA PESSOAL...





 Ora vivam todos sem excepção. Os esquerdistas, os direitistas, os “manobristas”, os “doentistas”, os “riquistas”, os “pobretistas”, os ateístas, os “agnostistas” e todas as terminações em “istas”, como, por exemplo, “comunistas, fascistas, “lambebotistas” e outros que estou a pensar, mas não escrevo porque parece mal. Pronto já viram que este cumprimento é alargado a toda a comunidade, com eira e sem beira.
E você? Como é que está? Pela cara “deslambida”, quase sem cor e a escorrer pingos de suor, parece que está com calor. É natural, hoje está uma canícula que ai “Jasus”, nosso Senhor! Em Coimbra, às 14H00, estavam 40 graus celsius.
Pois é, naturalmente, igual a anos anteriores, temos aí os incêndios em grande plano.
Quem ousa aventurar-se pelas ruas da cidade, como um sequioso procura água, perante o Sol a pique, como romeiro a caminho de São Tiago, busca a sombra protectora dos prédios alinhados em fila indiana.
De quando em vez é surpreendido pelo “tinó…tinó…tinó” de mais um carro de bombeiros que passa em marcha de urgência. 
O Governo anunciou que tem capacidade de resposta para enfrentar os incêndios que lavram em todo o país. O exército proclama que mobilizou seis pelotões para apoiar a Protecção Civil.
 Digam-me lá, não ficaria muito mais barato às Finanças Públicas, se durante o inverno, o exército, os presos de delito comum, a maioria dos desempregados, e beneficiários de RSI, Rendimento Social de Inserção, de acordo com os proprietários das matas e com uma pequena comparticipação destes, limparem os terrenos para evitar esta calamidade? O que acontece é que o Estado, perante este continuado extermínio da riqueza nacional, cruza os braços e empurra a limpeza dos pinhais para os proprietários arbóreos. Sabendo todos que, nesta política agrícola de terra queimada, os proprietários não têm dinheiro para mandar cantar uma cigarra quanto mais fazer o corte de árvores rasteiras, porque é que se continua a passar a bola para eles sem se apresentar soluções políticas que salvaguardem o holocausto ambiental a que assistimos todos os anos. É difícil de verificar que esta situação não pode continuar? Pelos vistos é mesmo. Dá impressão que não se tomam medidas para manter este situacionismo. É como se, no “deixa arder que o meu pai é bombeiro”, se procurasse manter os negócios de contratos de aviões e helicópteros e demais negociatas à volta.
Todos os anos, no pico alto do Verão, assistirmos aos apelos emergentes, em soluços de angústia, das populações, como é o caso de hoje em Belmonte, em que esta povoação está cercada pelas chamas e, segundo a imprensa, vive-se lá o pânico generalizado.
Mudando um pouco de assunto, somos um país de passes de magia, quando o crude desce de preço os combustíveis como o gasóleo e a gasolina sobem nos postos abastecedores.
Outra situação que mostra bem o nosso atraso educacional e de respeito pelo sexo oposto são as constantes mortes diárias de mulheres às mãos dos companheiros. O que esperará o Governo para dar meios às polícias para, logo na primeira denúncia de maus-tratos, poderem intervir? Porque, perante uma legislação das mais avançadas da Europa, nomeadamente pela transformação da participação de violência doméstica em crime público, não será pela falta de lei que a violência continua a progredir e tantas mortes provoca em homicídios passionais. Apesar disso, numa passividade incomodativa, e tal como os incêndios crescentes, a mostrar ao mundo que para pior somos os melhores, o que se assiste é a um desmesurado aumento de Norte a Sul.

3 comentários:

Jorge Neves disse...

Concordo com os Militares e quem usufrui do RSI, na limpeza das matas( principalmente das matas do Estado, que são as que se encontram quase na totalidade ao abandono).

Jorge Neves disse...

Concordo com os Militares e quem usufrui do RSI, na limpeza das matas( principalmente das matas do Estado, que são as que se encontram quase na totalidade ao abandono).

Anónimo disse...

É uma excelente ideia pôr os subsidiodependentes(acho que inventei uma palavra) a trabalhar em prol da comunidade.Acho até que uma minoria daqueles que recebem o RSI iriam gostar,pois há muita boa gente que prefere trabalhar em vez de ficar á espera do cheque mensalmente.
Ainda relativamente ao flagelo dos incêndios,penso que mais de 50% dos fogos são culpa de proprietários,estado e privados.Se cumprissem a lei no que respeita a limpezas de matas,muitos fogos seriam evitados.Muitos proprietários privados apenas limpam aquando do corte e abate dos seus pinhais e eucaliptais,ou seja,com intervalos de anos.Deveria haver mais fiscalização,e as coimas terem um valor elevado de modo que causem receio aos donos prevaricadores.
No caso de se provar que uma mata não limpa,provocou o alastramento de um pequeno fogo a matas vizinhas,o proprietário deveria pagar a multa e ainda os danos causados aos proprietários vizinhos.
Marco