sexta-feira, 19 de agosto de 2011

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)

(IMAGEM DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)


Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "600 EUROS VALEM UMA VIDA?": 


 Não vou nem posso me alongar muito sobre este assunto por questões profissionais.
Quero iniciar este meu artigo afirmando categoricamente que o Carlos Cidade simplesmente cumpriu o seu dever de vereador e a Comunicação Social desempenhou o seu papel, que é de trazer a público estas notícias, mas não se deve esquecer que estas questões devem ser tratadas com muito cuidado.
Se ambos os casos de desvio de dinheiro estão interligados ou não o tempo o dirá ou não!
Em relação ao caso dos 600 euros, aposto que existe por este Portugal fora muitos casos de 600 euros ou de menor montante. A crise que tanto apregoam e que é real leva a estes actos de desespero. Ninguém poderá dizer que desta água não beberei.
Se por ventura desviou os 600 euros foi por necessidade financeira. É neste pressuposto que quero acreditar. Se meteu termo à vida por vergonha do que fez, já que segundo a comunicação social ele assumiu que o tinha feito, demonstra que tinha sentido de responsabilidade e só cometeu tal acto por puro desespero.
É com tristeza que escrevo que situações destas infelizmente vão acontecer de forma quase diária, uma grande percentagem das famílias portuguesas já não conseguem pagar as suas despesas mensais. Pergunto eu: será que só as famílias são as culpadas por fazerem uma vida que não está ao seu alcance?
Será que os Bancos não são responsáveis também pela forma como incentivavam o crédito?
Será que os Governos não são responsáveis também pelas políticas de gastos astronómicos e no afundamento de Portugal?
Será que o corte nos vencimentos e a extinção do abono de família a muitos portugueses não contribui para situações destas?
Ninguém é responsável por tudo isto?
Só o desgraçado do pequeno trabalhador é que tem de pagar a factura nem que seja com a sua própria vida em acto de desespero?
Quero deixar aqui os meus mais sinceros sentimentos a toda a família. Embora eu não conheça a pessoa em causa, sou amigo de alguns familiares. 

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