Esta imagem, colhida à revelia do apanhado em flagrante delito, é de Carlos Jorge Monteiro -também conhecido como Cajó, ou Conde de Ameal-, um reputado fotógrafo da cidade e do mundo, com sede, de vez em quando e no intervalo das suas viagens planetárias, no Largo da Freiria.
O que acontece é que o Cajó andava há mais de 80 anos à espera de vontade para mudar umas fotos que tinha na sua montra -que me faz lembrar alguém que eu conheço muito bem e que é igual, porque só fala dos outros quem tem que se lhe diga. Então os comerciantes do referido largo, porque gostam muito do Conde de Ameal não queriam insistir com ele para mudar as imagens, que, naturalmente, já estavam mais amarelecidas que as ossadas do Conquistador ali no Panteão Nacional. Então, vai daí, nas últimas décadas, trataram de fazer promessas à Santa Maria Adelaide, ao Santo António de Bolhão, a Nossa Senhora de Fátima, mas qual quê? Parece que o Cajó é feito de uma massa imune a influências divinas, e nada feito. Por acaso, há cerca de três semanas, um comerciante lá da Freiria, numa reunião de moradores para resolver esta sensível situação, lançou a questão: " e se se escrevesse ao Papa? Como ele irá estar em Madrid, proximamente... quem sabe o Cajó não seja permeável às influências do Santo Padre?..."
Resumo desta história: temos todos de enviar um bilhetinho para Roma a agradecer as boas graças.
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