Com que então velho amigão
fazes anos, fechas-te em copas,
para não pagares, ó figurão,
disfarças por entre as tropas;
Mas não penses em te safar,
estou atento, foi mais um ano,
podes até tentar me evitar,
mas darei um abraço ao Adriano;
Às vezes ligo ao “Manel”,
outras vezes à Ventura,
a amizade é um anel
que nesta vida perdura;
Gosto de ti, meu irmão,
é contigo que eu convivo,
estás vivo em meu coração,
todos os dias te persigo;
Sei que estás um velhote,
daqueles avôs queridos,
podes parecer entradote,
mas rijo nos cinco sentidos;
Já tens cabelos brancos,
de tanto arranhar na cabeça,
p’los pedintes serem tantos,
sorris, para que nada aconteça;
O amigo Lucas em editorial,
está vaidoso, o prosador,
embala em jeito o seu jornal,
o Diário de Coimbra é o seu amor;
Vou deixar um grande abraço,
um dia depois do aniversário,
Fico contente, sem embaraço,
a lágrima é conta do meu rosário.
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