(É ESTE ESPAÇO, AGORA CEDIDO ATRAVÉS DE PROTOCOLO À INTEGRAR, QUE VAI ACOLHER OS INTERNAUTAS)
(ESTES QUIOSQUES FUTURISTAS, ESPALHADOS PELA BAIXA, ATÉ HOJE, PARA ALÉM DE OCUPAR O ESPAÇO URBANO QUASE AGRESSIVAMENTE, NÃO SERVEM PARA NADA)
Segundo o Diário de Coimbra (DC) de ontem, ao que tudo indica, vai ser hoje, às 17 horas, (re)inaugurado o novo espaço Internet na Casa Aninhas, na Praça 8 de Maio, que estava encerrada desde 2007. “O edifício é gerido pela Câmara Municipal de Coimbra e acolhe vários serviços da autarquia”.
Segundo o DC, “O projecto de equipar a Casa Aninhas com um espaço de Internet destinado aos cidadãos já tinha sido implementado, há cerca de dois anos, mas sem sucesso. ”Era um espaço com alguns utentes, mas não era um sítio vivo. Não tinha muita afluência e tivemos de o fechar”, recordou o vereador responsável pela pasta da informática, Marcelo Nuno.
No entanto, o autarca acredita que agora a história será diferente. “Estabelecemos um protocolo com a Integrar e são eles que vão explorar o espaço. Acreditamos que eles têm outra capacidade”, concluiu Marcelo Nuno ao DC.
Vamos por partes: Já aqui aludi várias vezes ao facto desta sala, em frente à autarquia, permanecer encerrada há mais de um ano. Até porque, e mais grave, seria o facto deste espaço de ligação ao mundo, do que melhor a cidade tem, continuar anunciado nos roteiros turísticos da cidade.
Pronto! Vai ser aberto ao público, e que mais quer você? Parece o leitor interrogar. É assim, pessoalmente nada tenho contra a nova contraente no protocolo estabelecido com a autarquia, mas, na minha ignorância patológica, acho que o executivo camarário, antes de estabelecer, por ajuste directo, a nova entidade exploradora do espaço, deveria ter apresentado publicamente o concurso. Para quê, se a lei até nem obriga, pensa o leitor? Está bem, mas, eticamente, ficaria melhor. Que diabo, reconheço que a Associação Integrar tem feito um bom trabalho em favor dos sem-abrigo e outras valências na cidade. Mas isso, quanto a mim, neste caso, não é condição “sine qua non” de preferência.
Pronto! Já está! Ok, então, para além de se tentar estimular os munícipes para as novas tecnologias, é necessário colocar o espaço a funcionar em prol do turismo da cidade. É preciso que qualquer turista que ali se dirija tenha informações de restaurantes, de lojas comerciais, dos eventos que estão acontecer na cidade, etc. Para além disso, os quiosques virtuais vanguardistas que abundam pela Baixa, e que estão desactivados há vários anos, devem ser imediatamente ligados em rede àquele espaço físico de virtualidades que dá pelo nome de Casa Aninhas.
Eu confesso, às vezes sou tão chato que, se eu pudesse, já me tinha mandado, eu próprio, para qualquer outro lado. Mas é assim: o que aborrece é, em relação à Baixa, as ideias serem apresentados sem plano, sem projecto integrado. Quando é que a autarquia “sente” que para colocar em prática qualquer plano respeitante ao centro histórico deveria sentar numa mesa todos os interessados? Desde a ACIC, APBC, Associação de Hotelaria, outras associações dinamizadoras, o pelouro do turismo, o pelouro da cultura, o director do centro histórico, as juntas de freguesia, etc. E nada seria planificado sem a intervenção directa destas entidades.
Actualmente, é uma coisa incrível, cada uma das entidades que citei actua por sua própria iniciativa. Ainda no ano passado aconteceu, à mesma hora, haver um espectáculo de fados, promovidos pelo pelouro da cultura, e outro de música ligeira da responsabilidade da Junta de São Bartolomeu. Isto num raio de 100 metros. Ou seja, o som saído do conjunto musical abafava as guitarras de Coimbra.
Digam lá, sou ou não chato como as melgas? Claro! Como posso eu aspirar ser lido por alguém que detenha poder de decisão na câmara se o que escrevo, aparentemente, não é exequível?
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