


Dando uma volta pela Baixa, neste sábado de tarde, e depois de todos os comerciantes serem sem sensibilizados para a necessidade de abrir durante todo este dia para ajudar a revitalizar o centro histórico, constata-se que, na sua grande maioria, quem encerrou foram os comerciantes mais antigos na Baixa. Exactamente aqueles que têm vários estabelecimentos espalhados no casco antigo da cidade e com vários empregados a seu cargo.
Estão no seu direito legal e legítimo de o fazer? Claro que sim. E moralmente, deveriam fazê-lo? Aqui é que a porca torce o rabo.
Estes estabelecimentos, com largas décadas de historial nesta zona monumental, e com acrescida responsabilização social, deveriam ser os primeiros a dar o exemplo aos mais novos. Pura e simplesmente se estiveram a marimbar para quem se esforça por voltar a tornar esta zona frequentada ao sábado.
O curioso –ou talvez nem tanto- é que muitos deles detêm lojas nos grandes centros comerciais. Lá estão abertos todos os dias, aqui encerram. Dá para entender? Eu entendo. Infelizmente, e contrariamente à maioria, não precisam. A Baixa, para este pequeno grupo de comerciantes, é um alvo a abater. É triste? Claro que é. E para mais, devido à publicidade, hoje, sábado de tarde, andava muito mais gente do que é normal. Felizmente muitas lojas abriam todo o dia, apesar do sucesso estar muito longe dos cem por cento. Mas, Roma e Pavia não se fizeram num dia. Afinal qualquer grande rio começa numa pequena nascente, quase a pingar gota-a-gota..
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