sexta-feira, 22 de maio de 2009

A(S) FRASE(S) DO DIA...




É mais fácil partir um bloco de pedra com a cabeça do que mudar os hábitos às pessoas. Todos nós, humanos, somos animais de rotinas, de usos e costumes arreigados, mas custa a entender a resistência a uma necessária mudança. Sobretudo quando (todos) nos apercebemos que, a continuar nos vícios adquiridos ao longo do tempo, se não invertermos caminho, mudando, caminhamos para o abismo e arrastamos quem estiver ao nosso lado.
Fincamos pé. Teimamos numa razão que não nos pertence, apenas e só, para demonstrarmos (aos outros) que somos pessoas de palavra. No limite, como jumentos, pomposamente, até afirmamos com ar balofo: “eu sou coerente”. Como se a coerência tivesse alguma coisa a ver com a estupidez.
Estou a lembrar-me de tantas pessoas que, estupidamente, em nome dessa dita e maldita coerência, não mudam. Estão alheios à mudança.
Estou a lembrar-me de um casal (que conheço bem) que se divorciou no ano passado. Têm três filhos. Estiveram casados 23 anos. E o que tem isto de especial, pergunta você, leitor? Tem muito. É que eles amam-se verdadeiramente. Não passam, um sem o outro, embora digam (para os outros) cobras e lagartos de cada um contrário. Cada um deles está já com uma nova companhia. Quando perguntam à mulher sobre o ex-marido, a primeira frase que sai é: “o meu homem não presta para nada!”. Repare, estão divorciados há quase um ano e ela diz: “o meu homem…”
Quando perguntam ao homem como vai a sua ex-mulher, igualmente, responde: “ a minha mulher é assim, assado…”. Podem enganar todos, mas não conseguem enganar o seu próprio coração.
Já apostei que não tardará um ano e estarão novamente juntos.
Mas então, o que está a complicar esta relação? O orgulho. O orgulho besta e “semiesco”. A resistência à mudança. Nenhum deles quer abdicar de nada. Ambos querem ganhar. Cada um deles está á espera que o outro apareça à sua frente a pedir “batatinhas”. Para, duma forma prosaica, poder dizer aos amigos: “foi ela (ou ele) que se curvou a mim e aceitou que eu é que tinha razão…”
É triste, não é? É infinitamente triste. E para mais quando são pessoas que gostamos, que conhecemos muito bem e, mesmo apesar disso, nada podemos fazer.
Também é quase um abuso eu supostamente ir escrever uma pequena frase e escrevi este longo texto. Ora bolas! Bem prega São Tomás! Não há forma de eu mudar…

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