sexta-feira, 15 de maio de 2009
PARABÉNS ANA (UMA COMERCIANTE DO CENTRO HISTÓRICO)
Fizeste cinquenta aninhos,
nem parece, mulher-mãe,
no brilho desses olhinhos
está o sol e o mar também;
Conserva esse sorriso
que encanta quem te olha,
mostrar alegria é preciso,
como a chuva que nos molha;
Teu marido está contente,
hoje ofereceu-te uma flor,
prega ao vento e a toda a gente,
“a Ana é o meu amor!”;
Não sabe o que há-de fazer
para te fazer mais feliz,
diz que enquanto viver,
será sempre como Deus quis:
Canta alto doce Ana,
meio século é uma vida,
pensa numa estrada plana,
sem escolhos e uma ermida;
Tua filha está contente,
mal dormiu, sempre a pensar,
qual seria o melhor presente
que te havia de entregar;
Vê em ti um barco imenso,
nas ondas, sempre a lutar,
na divisão do consenso,
de uma noite sem luar;
Parabéns, cinquentona,
não penses ser mal de ter,
É meia vida de uma dona
que outra meia vai vencer.
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