sábado, 30 de maio de 2009

HOJE HÁ MERCADO DE FLORES E PLANTAS (E DOCES)














 Está a decorrer, desde a manhã na Baixa, mais concretamente na Praça 8 de Maio, Ruas de Visconde da Luz e Ferreira Borges, o “Mercado de Flores e Plantas”, organizado pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). É um espectáculo de perfume e colorido para a zona histórica.
Perante um oceano de gente, Mário Nunes, o vereador do pelouro da cultura da CMC, com o seu sorriso alargado, era um homem satisfeito. “Estou contente com esta iniciativa, sim. Sinto que a CMC, através desta alegoria às flores e outras que virão, está a colaborar com a APBC e a ACIC, e vocês, comerciantes interessados na revitalização da Baixa. É pena que nem todos pensem assim, mas enfim!”, diz-me o vereador, referindo-se a dois ou três comerciantes, naquelas ruas centrais, que, com alguma intolerância, fizeram deslocar as tendas dos vendedores de flores da frente das suas lojas, não levando em conta o superior interesse e a elevação do Centro Histórico. Apenas e só olhando ao seu narcisista interesse.
Está linda esta parte da Baixa. Claro que, em iniciativas próximas, considerando que seja o mesmo vereador –o que duvido. Mário Nunes, diga-se o que se disser, é um homem com provas dadas em Coimbra na área da cultura. E, quanto a mim, injustamente, foi enxovalhado, quase por todos os agentes culturais. Só os que beneficiaram de subsídios -porque não podiam- não disseram mal do seu trabalho. Fez tudo bem? Creio que não, mas quem faria? Os pelouros de cultura municipais são como a pasta da educação nos governos, nunca contentam toda a gente. Estou a ser parcial? Se calhar estou mesmo. Conheço Mário Nunes há 25 anos e, tendo conhecimento do seu interesse no levantamento de problemas da Alta e da Baixa, tenho muita admiração por este homem. Digam lá o que disserem. Em resumo, estou completamente céptico em relação a que irá manter-se à frente deste pelouro na equipa de Carlos Encarnação.
Dizia eu, porque entretanto dispersei-me, que, em iniciativas próximas na Baixa, é preciso descentralizar. Ou seja, a todo o custo é preciso espalhar toda esta ambiência colorida pelas outras ruas do Centro Histórico. Os comerciantes das ruas estreitas continuam a queixar-se de discriminação. E têm razão. Hoje, durante todo o dia mal se podia romper nas ruas da calçada. Em contrapartida, os becos e vielas mais estreitas, incluindo a Praça do Comércio, estavam completamente vazias. Por que razão não se há-de fazer um perímetro em volta do centro histórico? Apesar de tudo a fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, durante a manhã, percorreu as ruelas medievais da cidade, mas é pouco. Convenhamos. É apenas preciso acertar as agulhas. Mas, vamos com calma! Sinceramente, acho que devagar, devagarinho, a autarquia começa a entender que tem de se abrir da casca e vir ao encontro dos comerciantes mais motivados. E são muitos, felizmente. A coisa promete…

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