quinta-feira, 30 de abril de 2015

QUANDO A MISÉRIA PAGA TAXA




(RECEBIDO POR E-MAIL)

“UMA VERGONHA”


“... batendo as asas pela noite calada... vêm em bandos, com pés de veludo...» Os Vampiros do Século XXI:

“A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores – principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a 1000 euros. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário que sobrevive com uma pensão de 243,45 euros - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de 7,57 euros (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.
Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza -não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.
O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.
É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.
Esta é a face brutal do capitalismo selvagem, que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.
Medita e divulga... Mas divulga mesmo por favor... Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira para a miséria social.
Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios... Porque será???”

1 comentário:

Super-febras disse...

Amigo:

Nao quero que fique a pensar que a minha opinião é que as coisas aqui são melhores? Nem piores, apenas diferentes. E é com muita pena que escolho, de livre vontade, viver aqui.
Por aqui os bancos também metem a mão nos bolsos dos clientes, mas com menos ousadia! Continua a estar certo o velho ditado. Sabe , aquele sobre mudar de moleiro? A única diferença é que os moleiros de hoje enfarinhadas só têm as narinas.
Porém, aqui, quando recebemos um cheque do governo , este contém no seu conteúdo a informação , e bem visível, que nenhuma instituição pode cobrar por, ou recusar cambiar o mesmo, não sendo necessário sequer ter conta bancária na mesma.
E já que falamos em finanças , está novidade, se a é: os ministros das finanças do Ontário e do Quebec são os dois Portugueses! E Liberais!
Neste dia que não se comemora por aqui, restos da guerra fria, pois nos custou a conquistar o direito de o poder celebrar um abraço "proletarizado"

Álvaro José da Silva Pratas Leitão