As más-línguas do costume estão sempre afiadas
para dizer mal, mas quando estamos perante boas ideias calam-se. Acontece que
eu não tenho nada a ver com esses repelentes viperinos. Eu só escrevo bem, e
mais nada! Por isso mesmo estou a enaltecer mais uma boa iniciativa camarária.
Ainda ontem publiquei aqui um texto de um tal Luís Fernandes, que é o exemplo
acabado do bota-abaixismo de tudo o
que se faz bem –mas para este sujeito nunca nada está de jeito.
Quando se transformou o repuxo da Praça 8 de
Maio para lago de mansas águas houve logo detractores a ferrar o dente na transformação. É o costume! Está de ver! Querem é
assunto! Nenhum desses “ferradores”
se lembrou que estávamos perante uma genial ideia de negócio –agora tão em voga
no país de Norte a Sul e incluindo a televisão privada. Cá para nós, confesso, eu
que até sou tão esperto, tão inteligente, tão sagaz, não atingi logo a coisa.
Só hoje, durante a hora de almoço, perante a imagem de dois funcionários
camarários, em que um pegava no saco e outro estendia a rede, fiquei a perceber
que o pequeno lençol de água se destinava à criação de “sardunhos”. Confesso que não falei com o professor Tainha,
especialista na matéria, mas entendi que o facto de deixarem metade do lixo e
as águas meias poluídas tem um perfeito sentido. É que só assim o “sardunho”,
essa espécie biodegradável, cresce e se multiplica.
Espero, sinceramente que os roedores do
costume não venham acrescentar maledicência. É por haver gente assim, do pior,
que só dizem mal, que a Baixa não ata nem desata. Porra! Até enerva! Carago!
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