quarta-feira, 8 de abril de 2015

PESCA DO "SARDUNHO" NA PRAÇA





As más-línguas do costume estão sempre afiadas para dizer mal, mas quando estamos perante boas ideias calam-se. Acontece que eu não tenho nada a ver com esses repelentes viperinos. Eu só escrevo bem, e mais nada! Por isso mesmo estou a enaltecer mais uma boa iniciativa camarária. Ainda ontem publiquei aqui um texto de um tal Luís Fernandes, que é o exemplo acabado do bota-abaixismo de tudo o que se faz bem –mas para este sujeito nunca nada está de jeito.
Quando se transformou o repuxo da Praça 8 de Maio para lago de mansas águas houve logo detractores a ferrar o dente na transformação. É o costume! Está de ver! Querem é assunto! Nenhum desses “ferradores” se lembrou que estávamos perante uma genial ideia de negócio –agora tão em voga no país de Norte a Sul e incluindo a televisão privada. Cá para nós, confesso, eu que até sou tão esperto, tão inteligente, tão sagaz, não atingi logo a coisa. Só hoje, durante a hora de almoço, perante a imagem de dois funcionários camarários, em que um pegava no saco e outro estendia a rede, fiquei a perceber que o pequeno lençol de água se destinava à criação de “sardunhos”. Confesso que não falei com o professor Tainha, especialista na matéria, mas entendi que o facto de deixarem metade do lixo e as águas meias poluídas tem um perfeito sentido. É que só assim o “sardunho”, essa espécie biodegradável, cresce e se multiplica.
Espero, sinceramente que os roedores do costume não venham acrescentar maledicência. É por haver gente assim, do pior, que só dizem mal, que a Baixa não ata nem desata. Porra! Até enerva! Carago!




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