Daniel deixou um novo comentário
na sua mensagem "UM ESPAÇO SEM REGRAS":
É urgente mudar a feira sem regras para a Praça da Canção. Tem muito mais condições para os vendedores e para os clientes.
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COMENTÁRIO DO EDITOR
Começo por lhe agradecer, Daniel, ter
comentado e dado a sua opinião. Confesso que, como não sou perdido nem achado,
não era para me debruçar sobre o assunto. Já em 28 de Outubro, último, o Diário
as Beiras noticiava essa provável mudança. Então, como você puxou a tolha –e como,
já é normal, tenho opinião sobre tudo-, naturalmente respeitando a sua ideia,
vou dar o meu parecer.
Penso que o local onde se realiza desde a sua
apresentação, em frente ao mosteiro, é o indicado para se continuar a fazer
este certame. Vou elencar os vários pressupostos:
-É um sítio lindíssimo e as
velharias casam com o ambiente envolvente como unha com carne;
-Esta alegoria, apresentando-se ali, é um motor de desenvolvimento para o próprio convento –que como já escrevi continua com a entrada ao contrário, deveria estar a Norte e faz-se a Sul-, chamando a atenção pública para a sua importância e para as actividades comerciais, como a hotelaria e o comércio à sua volta;
-Esta alegoria, apresentando-se ali, é um motor de desenvolvimento para o próprio convento –que como já escrevi continua com a entrada ao contrário, deveria estar a Norte e faz-se a Sul-, chamando a atenção pública para a sua importância e para as actividades comerciais, como a hotelaria e o comércio à sua volta;
-Do ponto de vista estratégico é
um local nuclear. Repare-se que o sucesso de uma qualquer festa assenta essencialmente
em duas premissas: nas pessoas que sabem da sua realização e nas outras que não
sabendo batem de caras com o evento. Ora este ponto de encontro de compra e
venda apanha várias correntes de automobilistas os que vêm de Sul e outros que
se deslocam em trânsito pelas margens da cidade.
E NO CHOUPALINHO, NÃO É BOM?
O Choupalinho é um local mítico da cidade –que
a meu ver ainda está subaproveitado devido à interrupção das obras do programa Polis-
e óptimo para passear com a família tendo por companhia o Mondego. Como fica
abaixo do nível da estrada passa completamente despercebido de quem vem de Sul
por automóvel. É um sítio fresco, lindíssimo e de paisagem incontornável. Sem entrar
na questão de ruído para a envolvente, serve muito bem para lá realizar a festa
da Queima das Fitas e montagem do circo. No entanto, prestando-se para estas realizações,
já não serve para outras iniciativas comerciais como, por exemplo, para a CIC,
Feira Industrial e Comercial de Coimbra. Para além de ter pouco espaço para o
efeito estava muito escondida do público em geral. A meu ver, o insucesso desta
feira –para além de andar em bolandas da Relvinha para o Choupalinho e outros
inconvenientes- deveu-se sempre à sua retirada inicial da Praça Heróis do Ultramar.
Quero dizer que mudar uma alegoria emblemática de um berço onde nasceu para
outro acarreta sempre problemas de longevidade. Psicologicamente, é como se acontecesse
um corte na memória das pessoas. Sobretudo quando se muda de um local de
passagem para um descampado. Não sei se estou a ser claro mas quero dizer que o
facto de o Choupalinho ser um ponto paradisíaco não lhe dá créditos para realizar
actividades comerciais.
Se mudarem para lá a Feira sem Regras estou em crer que, como começa a contar apenas com os clientes fidelizados –que
sabem da sua realização-, mais tarde ou mais cedo rebenta.
Fazer esta mudança é o mesmo que
retirar a Feira de Velharias do miolo da Baixa e levá-la para o Parque da
Cidade. Já se fez algumas vezes esta troca e –porque falei com vendedores- os
resultados foram muito desanimadores. Este tipo de alegoria deve sempre estar
na envolvente da monumentalidade, mesmo dentro do casario velho. Ou seja, no meio
das cidades e apanhar o mais possível todas as ruas à sua volta para
desenvolver as actividades circundantes.
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