terça-feira, 6 de janeiro de 2015

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...





Daniel deixou um novo comentário na sua mensagem "UM ESPAÇO SEM REGRAS":



É urgente mudar a feira sem regras para a Praça da Canção. Tem muito mais condições para os vendedores e para os clientes.


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COMENTÁRIO DO EDITOR


Começo por lhe agradecer, Daniel, ter comentado e dado a sua opinião. Confesso que, como não sou perdido nem achado, não era para me debruçar sobre o assunto. Já em 28 de Outubro, último, o Diário as Beiras noticiava essa provável mudança. Então, como você puxou a tolha –e como, já é normal, tenho opinião sobre tudo-, naturalmente respeitando a sua ideia, vou dar o meu parecer.
Penso que o local onde se realiza desde a sua apresentação, em frente ao mosteiro, é o indicado para se continuar a fazer este certame. Vou elencar os vários pressupostos:
-É um sítio lindíssimo e as velharias casam com o ambiente envolvente como unha com carne
-Esta alegoria, apresentando-se ali, é um motor de desenvolvimento para o próprio convento –que como já escrevi continua com a entrada ao contrário, deveria estar a Norte e faz-se a Sul-, chamando a atenção pública  para a sua importância e para as actividades comerciais, como a hotelaria e o comércio à sua volta;
-Do ponto de vista estratégico é um local nuclear. Repare-se que o sucesso de uma qualquer festa assenta essencialmente em duas premissas: nas pessoas que sabem da sua realização e nas outras que não sabendo batem de caras com o evento. Ora este ponto de encontro de compra e venda apanha várias correntes de automobilistas os que vêm de Sul e outros que se deslocam em trânsito pelas margens da cidade.

E NO CHOUPALINHO, NÃO É BOM?

O Choupalinho é um local mítico da cidade –que a meu ver ainda está subaproveitado devido à interrupção das obras do programa Polis- e óptimo para passear com a família tendo por companhia o Mondego. Como fica abaixo do nível da estrada passa completamente despercebido de quem vem de Sul por automóvel. É um sítio fresco, lindíssimo e de paisagem incontornável. Sem entrar na questão de ruído para a envolvente, serve muito bem para lá realizar a festa da Queima das Fitas e montagem do circo. No entanto, prestando-se para estas realizações, já não serve para outras iniciativas comerciais como, por exemplo, para a CIC, Feira Industrial e Comercial de Coimbra. Para além de ter pouco espaço para o efeito estava muito escondida do público em geral. A meu ver, o insucesso desta feira –para além de andar em bolandas da Relvinha para o Choupalinho e outros inconvenientes- deveu-se sempre à sua retirada inicial da Praça Heróis do Ultramar. Quero dizer que mudar uma alegoria emblemática de um berço onde nasceu para outro acarreta sempre problemas de longevidade. Psicologicamente, é como se acontecesse um corte na memória das pessoas. Sobretudo quando se muda de um local de passagem para um descampado. Não sei se estou a ser claro mas quero dizer que o facto de o Choupalinho ser um ponto paradisíaco não lhe dá créditos para realizar actividades comerciais.
Se mudarem para lá a Feira sem Regras estou em crer que, como começa a contar apenas com os clientes fidelizados –que sabem da sua realização-, mais tarde ou mais cedo rebenta.
Fazer esta mudança é o mesmo que retirar a Feira de Velharias do miolo da Baixa e levá-la para o Parque da Cidade. Já se fez algumas vezes esta troca e –porque falei com vendedores- os resultados foram muito desanimadores. Este tipo de alegoria deve sempre estar na envolvente da monumentalidade, mesmo dentro do casario velho. Ou seja, no meio das cidades e apanhar o mais possível todas as ruas à sua volta para desenvolver as actividades circundantes.

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