Quero lá saber se o “orgon avariou”,
se está Sol,
chove, faz frio ou nem tanto,
já me basta
a situação em que eu estou,
“desampare-me
a loja” e, portanto,
que vá chatear
quem o prendeu, algemou,
às grilhetas
da desgraça, do desencanto,
da cegueira,
da solidão que o prostrou,
que tenho eu
a ver, se nem sou santo?
Juro por Deus, se me saísse o
Euromilhões,
comprava logo
um “orgon” para o Cortez,
até lhe dava
uma casinha em condições,
custa-me
tanto ver isto! É uma estupidez!
É uma injustiça, vivemos no meio de ladrões,
Faz-me doer
o coração! Ai que malvadez!
Vou ali à
igreja, vou rezar contra os vilões,
é um
escândalo esta miséria do Cortez!
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