quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O LAVAR DOS CESTOS




Como se estivéssemos no fim da vindima, a lavar os cestos e os poceiros de verga, a limpar a dorna e a olear as tesouras para o ano seguinte, hoje a Baixa dava-nos um cenário parecido.
Na Praça 8 de Maio um grupo de sete funcionários tratava de cuidar do cinzeiro, a menina dos olhos do presidente da edilidade, Manuel Machado. Depois de terem retirado o pinheiro que se julgava manso mas, pelo número de funcionários camarários presentes, às tantas, pensava-se que a desgraçada árvore, retirada do seu habitat à força de machado –ferramenta agrícola, não se confunda-, mesmo depois de morta poderia escoicinhar e causar dissabores na velha praça do Conquistador. Eram sete os trabalhadores presentes no “desenterro” da árvore pinácea. Dois varriam o interior do fundo do receptáculo, outro agarrava na mangueira e orientava o esguicho, outros dois presumivelmente fiscalizavam o labor dos três trabalhadores, um terceiro vigiava o condutor da viatura e o último, o motorista, mantinha-se dentro da camioneta não fosse o veículo soltar-se e, aliando-se ao bicho, fazer das dele. Segurança obriga! As coisas são o que são e não o que se julga!
Mais em cima, na rua larga, de Visconde da Luz, apenas três funcionários –dois em cima da camioneta e outro na condução- da firma Teixeira Couto, L.ª enfrentavam os braços dos gigantes das iluminações pendurados por cima das gentes. Eram menos, não simplesmente por esta empresa ser privada, nada disso! O que estava em causa era que as asas que já deram luz eram perfeitamente pacíficas e não ofereciam perigosidade. Não vão as más-línguas, como sempre, tecerem comentários inapropriados. Se o fizerem, façam o favor de não me incluírem no rol, que não tenho nada a ver com isso!

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