Como se estivéssemos no fim da vindima, a
lavar os cestos e os poceiros de verga, a limpar a dorna e a olear as tesouras
para o ano seguinte, hoje a Baixa dava-nos um cenário parecido.
Na Praça 8 de Maio um grupo de sete
funcionários tratava de cuidar do cinzeiro, a menina dos olhos do presidente da edilidade, Manuel Machado. Depois
de terem retirado o pinheiro que se julgava manso mas, pelo número de
funcionários camarários presentes, às tantas, pensava-se que a desgraçada
árvore, retirada do seu habitat à força de machado –ferramenta agrícola, não se
confunda-, mesmo depois de morta poderia escoicinhar e causar dissabores na
velha praça do Conquistador. Eram sete os trabalhadores presentes no “desenterro” da árvore pinácea. Dois
varriam o interior do fundo do receptáculo, outro agarrava na mangueira e
orientava o esguicho, outros dois presumivelmente fiscalizavam o labor dos três
trabalhadores, um terceiro vigiava o condutor da viatura e o último, o motorista,
mantinha-se dentro da camioneta não fosse o veículo soltar-se e, aliando-se ao
bicho, fazer das dele. Segurança obriga! As coisas são o que são e não o que se
julga!
Mais em cima, na rua larga, de Visconde da Luz,
apenas três funcionários –dois em cima da camioneta e outro na condução- da
firma Teixeira Couto, L.ª enfrentavam os braços dos gigantes das iluminações
pendurados por cima das gentes. Eram menos, não simplesmente por esta empresa
ser privada, nada disso! O que estava em causa era que as asas que já deram luz
eram perfeitamente pacíficas e não ofereciam perigosidade. Não vão as más-línguas,
como sempre, tecerem comentários inapropriados. Se o fizerem, façam o favor de
não me incluírem no rol, que não tenho nada a ver com isso!
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