quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

"PEPE RÁPIDO" À SOLTA NA BAIXA




Na última segunda-feira, pelas 16h30, Adélia Cardoso, de cerca de setenta anos de idade, descia calmamente as escadas do Gato, junto ao Largo da Portagem, foi quando um indivíduo, esguio e de pé ligeiro, por trás lhe arrancou a carteira e se colocou em fuga pela Travessa do Gato, lateral à Rua Sargento Mor. Segundo testemunhas que presenciaram o roubo, era um tipo novo –uma senhora espectadora teria mesmo visto as suas feições porquanto o sujeito esteve parado anteriormente junto a uma montra-, de cerca de vinte e poucos anos, magro, vestido com calça larga e blusão azul-forte.
Segundo uma testemunha com quem falei, “foi tudo muito rápido. Eu vi-o subtrair a carteira à senhora e enquanto andei cerca de cinco metros na sua direcção, o ladrão, perseguido por um rapaz que não conseguiu acompanhar o seu passo, percorreu cerca de cinquenta e em direcção ao Largo do Romal.”
Posteriormente, a carteira com os documentos seria encontrada na garagem do Hotel Oslo. Foi a gerência do Hotel que fez a comunicação.
João José Cardoso, filho da vítima, passado cerca de uma hora, juntamente com a mãe apresentaram queixa na 2ª Esquadra da PSP, junto à Câmara Municipal. São dele estas declarações: “foi um auto perfeito. O agente perguntou se a minha mãe precisava de ir ao hospital. Ela respondeu que não. Ele tomou nota da ocorrência, na participação, e mais nada! Foi como se tivéssemos ido a uma repartição pública. Em juízo de valor, senti que o polícia recebeu a participação como se fosse uma banalidade. Como se, anteriormente recebesse muitas mais e este caso fosse o seu diário.”
Este desabafo de João Cardoso pode parecer algo contraproducente mas não é. O indivíduo, que apelido de “Pepe Rápido”, alegadamente tem andado por aqui, a dar várias palmadas a particulares e a comerciantes. O método é sempre o mesmo: pega em correria o que pode e desaparece. Está de ver, portanto, que é um passarão conhecido e que se move muito bem por estas ruelas estreitas. Embora os prejudicados não apresentem queixa, pelos valores despicientes em causa, já vários sentiram a sua mão ligeira.
Já há uns anos para cá, tirando o pequeno tráfico, felizmente a Baixa, de dia e de noite, é segura. Por conseguinte este ladrãozeco esguio e bem-sucedido, para além de borrar a pintura, parece que anda a fazer pouco das brigadas à civil da PSP. O que é que se passa?

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