Na última segunda-feira, pelas 16h30, Adélia
Cardoso, de cerca de setenta anos de idade, descia calmamente as escadas do
Gato, junto ao Largo da Portagem, foi quando um indivíduo, esguio e de pé
ligeiro, por trás lhe arrancou a carteira e se colocou em fuga pela Travessa do
Gato, lateral à Rua Sargento Mor. Segundo testemunhas que presenciaram o roubo,
era um tipo novo –uma senhora espectadora teria mesmo visto as suas feições
porquanto o sujeito esteve parado anteriormente junto a uma montra-, de cerca
de vinte e poucos anos, magro, vestido com calça larga e blusão azul-forte.
Segundo uma testemunha com quem falei, “foi
tudo muito rápido. Eu vi-o subtrair a carteira à senhora e enquanto andei cerca
de cinco metros na sua direcção, o ladrão, perseguido por um rapaz que não
conseguiu acompanhar o seu passo, percorreu cerca de cinquenta e em direcção ao
Largo do Romal.”
Posteriormente, a carteira com os
documentos seria encontrada na garagem do Hotel Oslo. Foi a gerência do Hotel
que fez a comunicação.
João José Cardoso, filho da
vítima, passado cerca de uma hora, juntamente com a mãe apresentaram queixa na
2ª Esquadra da PSP, junto à Câmara Municipal. São dele estas declarações: “foi um auto perfeito. O agente perguntou se
a minha mãe precisava de ir ao hospital. Ela respondeu que não. Ele tomou nota
da ocorrência, na participação, e mais nada! Foi como se tivéssemos ido a uma
repartição pública. Em juízo de valor, senti que o polícia recebeu a participação
como se fosse uma banalidade. Como se, anteriormente recebesse muitas mais e este
caso fosse o seu diário.”
Este desabafo de João Cardoso pode parecer
algo contraproducente mas não é. O indivíduo, que apelido de “Pepe Rápido”, alegadamente tem andado
por aqui, a dar várias palmadas a
particulares e a comerciantes. O método é sempre o mesmo: pega em correria o
que pode e desaparece. Está de ver, portanto, que é um passarão conhecido e que se move muito bem por estas ruelas
estreitas. Embora os prejudicados não apresentem queixa, pelos valores
despicientes em causa, já vários sentiram a sua mão ligeira.
Já há uns anos para cá, tirando o pequeno tráfico,
felizmente a Baixa, de dia e de noite, é segura. Por conseguinte este ladrãozeco
esguio e bem-sucedido, para além de borrar
a pintura, parece que anda a fazer pouco das brigadas à civil da PSP. O que
é que se passa?
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