sexta-feira, 3 de abril de 2009

VENHA AO TEATRO À BAIXA

(NÃO É ESTA PEÇA. TIVE QUE UTILIZAR ESTE CARTAZ, EMBORA OBSOLETO, ERA O ÚNICO QUE TINHA EM ARMAZÉM)


Há quanto tempo não leva a sua cara-metade ao teatro? Tanto tempo? Ó homem de Deus, redima-se enquanto tem tempo.
Olhe, a Escola da Noite estreia esta noite, às 21,30, na Cerca de São Bernardo, junto ao Pátio da Inquisição, uma nova peça. Chama-se “Atravessando as palavras há restos de luz” –bonito, não é? Pois é! Parece que o texto foi escrito a partir de Franz Kafka. Vai estar em palco até 26 deste mês.
Mas vamos ao que interessa, que o tempo urge, e eu sei que você ainda tem que ir comprar um ramo de rosas para oferecer à sua Maria –há quanto tempo não faz isso? Que vergonha! Como? Perguntou-me quando é que eu fiz isso? Essa é boa! Que tem você a ver com isso?
Pois então faça o que eu digo, não faça o que eu faço, comece pelas flores, a seguir leve a sua “menina” a jantar naquele restaurante –se ainda estiver aberto- que vocês foram há 25 anos. Lembra-se? Foi à luz de velas. Hoje tem de ser igual. Depois vão então ao teatro. Qualquer mulher delira com uma acção destas. Não estranhe se durante o jantar ela o mirar de alto a baixo e lhe der umas beliscaduras. É a sua Maria a ver se é mesmo você. É que ela não está a conhecer o “cara de pau”, o “cinzentão” habitual, que tantas rotinas diárias, até a dormir, a sua esposa já conhece tudo de cor e salteado.
Homem, não perca tempo! Faça o que eu digo.

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