No meu habitual passeio de “aprés-repas”, dei com ele a colar umas pinturas numa parede de uma das ruas da calçada.
Então o amigo está a colar arte na parede?, interrogo, admirado. “Estou e não estou”, responde-me o homem. “É apenas uma forma de expor os meus trabalhos mais à vista de quem passa. É uma fita-cola de fraca aderência que me permite retirar sem danificar”, responde-me, exemplificando com a retirada de um trabalho da parede recentemente colado.
Chama-se José Lobo. Lobo, simplesmente, como é tratado pelos amigos e assina as suas obras plásticas a pastel, óleo ou aguarela.
Para além de se ocupar da paleta, das tintas e dos pincéis, sempre seguindo a linha surrealista do seu ídolo Joan Miró, escreve também poesia. Tem já um livro publicado na Editora Quasi, com o título “no chão das palavras”.
O Lobo é de Lisboa. Gosta muito de Coimbra. Sempre que pode dá um saltinho até cá. Costuma expor os seus trabalhos, tal como hoje, na Rua Visconde da Luz. Vende barato, segundo diz. Dá apenas para a despesa. Os preços dos trabalhos a pastel (que se podem ver na foto) variam entre três e cinco euros.
Tem uma exposição de pintura em Leiria, no café “Gato Preto” e outra colectiva no Porto na galeria “Nazareth”.
Para além disso, a companhia de teatro “Te-ato”, também da cidade do Liz, vai adaptar um texto seu para uma nova peça que estreará proximamente…
1 comentário:
queria rectificar que a editora se chama quasi e não quase. Abraço lobo
Enviar um comentário