sábado, 18 de abril de 2009

UMA IMAGEM CAPTADA AO ACASO...






Cada vez mais se vêem colados nos vidros das lojas da Baixa o anúncio de promoções de 30, 50 e até 70 por cento. A situação no comércio é calamitosa. O que fazer? É a pergunta sem resposta que mais se ouve no centro histórico. É urgente arregaçar as mangas, e, todos juntos, procurar soluções com urgência.
A possibilidade de emprego no comércio desapareceu. Cada vez mais as lojas estão entregues apenas ao proprietário, que, olhando para o céu, não sabe o que há-de fazer. Já cortou com tudo o que podia. Já não pode recuar mais. Agora só lhe resta fechar a porta. Mas será essa a solução?
Não seria melhor, enquanto é tempo, o governo desonerar a pequeníssima empresa de impostos –com um tecto de rendimento bruto- para, pelo menos, assegurar o emprego do dono? Se ele encerrar quem vai alimentar a família? O Estado? Ou vai, inevitavelmente, roubar para a rua?
Pense comigo, leitor. Imagine que a sua família não têm de comer. Você, por eles, pelos seus filhos, não será capaz de tudo? Pois é! Antes que aconteça um cenário destes (se é que já não está acontecer) é preciso pensar nestas pessoas.
A maioria de comerciantes sempre viveram bem. Eram uma classe privilegiada. A chamada classe média. Hoje não. Estamos no fundo do cano. Sobrevivemos apenas. Então, e o mais grave, uma grande percentagem têm vergonha de confessar que estão a passar mal. Eu sei do que falo. Para além de ver por mim, falo com muitos e sei o que se passa.
E o problema nem é bem por falta de artigos para vender, antes pelo contrário. As lojas estão cheias de mercadorias mas não há procura. É uma falência técnica motivada pela acentuada crise económica.
Se não se tomarem medidas rapidamente, está prestes a acontecer um grande desastre entre esta classe.

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