Estavam estes jovens descontraídos a curtir o bom sol primaveril que hoje invade Coimbra, quando chega o Luis Miguel -o "aspirante"- já de "gão-na-asa" e começa, por entre sons entrecortados, a tentar-lhes contar a sua história: "mi..."aspirante"...tropa".
Os seus ocasionais ouvintes, divididos entre a incredulidade e a apreensão, talvez não sabendo que o Luis é deficiente, tentavam perceber a razão do seu desempenho.
4 comentários:
Que raio, é deficiente, devia estar numa instituição, e não a incomodar às vezes os meus clientes do Café Académico na Praça da República! Já tive que ter muita paciência com esse sujeito!
Tem toda a razão. O problema é que a nova Lei da Saúde Mental não permite interná-lo assim de qualquer maneira. Aqui na Baixa já provocou danos em vários estabelecimentos.
Em relação ao Luis Miguel tenho uma postura ambivalente. Isto é: não escamoteio o facto de ser deficiente mental, mas culpo quem lhe vende bebidas alcoólicas. É que ele sem estar etilizado é mesmo uma pessoa calma. Já o escrevi antes, não deviam vender-lhe álcool -não veja nesta minha afirmação qualquer relação com o facto de ser dono de uma café.
A propósito, você é filho do António? Sim porque o Joaquim, parece-me, não tem herdeiros. Conheço ambos muito bem. Somos da mesma geração. Do tempo do senhor Fontes do Moçambique e do senhor Antunes do Mandarim, dos idos anos de finais de 1960. Trabalhei na hotelaria com os dois actuais (penso) patrões do café "Piolho" da Praça.
Um grande abraço.
Na zona da Praça da República quase ninguém lhe vende álcool! Não dei a entender que era dono dum café! Eu digo "os meus clientes" porque preciso deles para ganhar o meu! Sou da idade de filhos do António, mas não sou filho! O Joaquim tem um herdeiro. São os dois boas pessoas. Eles falam de um senhor Fontes às vezes! Eu apenas estudo em Coimbra e trabalho no Académico há 4 anos! Apareça lá estas férias da Páscoa.
Combinado. Nestas férias da Páscoa vou aí conhecê-lo e dar um abraço ao António e ao "Jaquim".
Um grande abraço, e obrigado.
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