Todos sabemos que para além da
religiosidade sacra a Páscoa é também profana. A Semana Santa para o comércio de rua
sempre foi fundamental. Vinham “nuestros
hermanos”, compravam uns “regalos” e os lojistas ficavam mais aliviados nos
compromissos financeiros. De tal modo era assim que, já com várias décadas, há
o costume de “trocar” o feriado de sexta-feira pela segunda. Actualmente
já não compensa permutar. Aliás, até é prejudicial no sentido de que já não há
espanhóis a comprar e, para além disso, hoje, no Dia Santo, os serviços públicos
estão todos fechados e segunda-feira estão abertos. Ou seja, neste momento
está-se a alternar o incerto pelo certo. Claro que a solução –e é o que está
acontecer, e ainda bem porque precisamos de aproveitar cada vez mais todos os
dias da semana- é abrir hoje, sexta, e também segunda-feira. Nos tempos que vão decorrendo, sobretudo quando molhados pela pluviosidade, os espanhóis ficam-se pelos hotéis e pela gastronomia dos restaurantes, uns
cafés e uns docinhos regionais.
Como se fosse pouco já levarmos
com a crise económica em cima, a nossa e dos restantes vizinhos europeus, o tempo
está de chuva e vento tocado de Norte. À hora do almoço as ruas principais da calçada,
Visconde da Luz e Ferreira Borges, apresentavam um ambiente quase deserto de
transeuntes e desolador. Com as lojas completamente vazias –sem moscas, porque
até estas hibernaram para outras paragens- os comerciantes, conforme se vê na
imagem o Guilherme da Casa São Tiago, perante um destino pouco auspicioso, em
posição de defesa e à espera de uma esperança que há-de vir, se Deus quiser, estão de braços cruzados.
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