Para se atingir um objectivo, obrigatoriamente, é sempre necessário haver
motivação. Esta pode ser intrínseca ou extrínseca. Isto é,
podemos ser provocados por uma causa estritamente pessoal –uma vingança, por
exemplo- ou extrínseca –trabalhar arduamente para, através do lucro, vir a ser
rico. Apesar de em ambas existir um interesse subjacente que nos impulsiona, o
primeiro é particular e o segundo é público e que, pela implicância gerada na colectividade, se traduz em geral. Embora as duas, intrínsecas e extrínsecas, se
correlacionem e radiquem no interesse pessoal e nunca se separem, uma qualquer
delas pode suplantar a outra. Ou seja, entre as duas, terá sempre de haver um
"leitmotiv", um elo de ligação entre a intenção e a concretização do
projecto a imbricar numa conveniência natural que nos impele a lutar pela sua obtenção.
Quando na motivação extrínseca se
aumentam as dificuldades e se reduzem os prémios - porque a burocracia se transforma
em rede cerceadora da vontade e obstaculizante ou o Estado, através dos impostos, entra no confisco-,
naturalmente que se entra no estádio de “ne
far niente”, a negação da proactividade. Instala-se a passividade de
modorra, com cemitérios de mortos-vivos, e concorre-se para o fim da economia
de mercado. Quando assim acontece estamos num limbo e início de economia planeada e de
gestão centralizada. Caminhamos para horizontes perdidos, sem esperança no dia de amanhã. É o precipício do bom-senso. O princípio do absurdo.
Sem comentários:
Enviar um comentário