quarta-feira, 27 de março de 2013

O PRINCÍPIO DA DESCONSTRUÇÃO DA RIQUEZA





  Para se atingir um objectivo, obrigatoriamente, é sempre necessário haver motivação. Esta pode ser intrínseca ou extrínseca. Isto é, podemos ser provocados por uma causa estritamente pessoal –uma vingança, por exemplo- ou extrínseca –trabalhar arduamente para, através do lucro, vir a ser rico. Apesar de em ambas existir um interesse subjacente que nos impulsiona, o primeiro é particular e o segundo é público e que, pela implicância gerada na colectividade, se traduz em geral. Embora as duas, intrínsecas e extrínsecas, se correlacionem e radiquem no interesse pessoal e nunca se separem, uma qualquer delas pode suplantar a outra. Ou seja, entre as duas, terá sempre de haver um "leitmotiv", um elo de ligação entre a intenção e a concretização do projecto a imbricar numa conveniência natural que nos impele a lutar pela sua obtenção.
Quando na motivação extrínseca se aumentam as dificuldades e se reduzem os prémios - porque a burocracia se transforma em rede cerceadora da vontade e obstaculizante ou o Estado, através dos impostos, entra no confisco-, naturalmente que se entra no estádio de “ne far niente”, a negação da proactividade. Instala-se a passividade de modorra, com cemitérios de mortos-vivos, e concorre-se para o fim da economia de mercado. Quando assim acontece estamos num limbo e início de economia planeada e de gestão centralizada. Caminhamos para horizontes perdidos, sem esperança no dia de amanhã. É o precipício do bom-senso. O princípio do absurdo.

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