Ontem à noite, cerca das 21h00, quando
Sérgio Ferreira, comerciante na Baixa, passava em frente à Sapataria Cidade de
Coimbra, na Rua Eduardo Coelho, apercebeu-se de imenso fumo dentro do
estabelecimento e já a sair pelas frestas. Para além disso, viu também que detrás da
registadora saiam uns clarões em lampejo. Depois de ter tentado por todos os
meios saber o contacto do proprietário, incluindo fazer várias chamadas para comerciantes
vizinhos, e, perante a iminência de uma catástrofe anunciada perante os seus
olhos, ligou para os bombeiros, que, para evitar males maiores, partiram a
porta principal, de vidro.
Segundo Sérgio Ferreira, “não
tenho bem a certeza, mas pareceu-me que era um aquecedor que foi deixado
ligado, certamente por esquecimento”. Ao que parece não foi a primeira vez que
aconteceu. Uma vizinha desta sapataria aberta há poucos meses nesta antiga rua
de sapateiros, que pediu o anonimato, confidenciou que “na terça ou
quarta-feira, últimas, por volta das 19h00, e já depois do espaço de venda de
sapatos ter encerrado, reparei que saía muito fumo da loja. Entretanto apareceu
o dono e alertei-o para esse facto anómalo. Ele entrou na sapataria, desligou
as luzes e, deixando tudo cheio de fumo, foi-se embora. À saída enfatizou: “eu
voltei porque me esqueci do telemóvel! Não disse mais nada. Nem muito obrigado,
nem coisa que o valha!”
Aproveitando este acontecimento,
gostaria de chamar a atenção aos comerciantes que um número de telefone na
montra pode evitar futuros danos maiores. Já por várias vezes, tal como neste
caso de fumo, por um vidro quebrado, por um alarme a retinir, ou por água a sair, tem acontecido ser necessário contactar os proprietários e tal revela-se quase
impossível. Não custa nada. É apenas uma questão de prevenção. É comum
pensar-se que deixar o número de telemóvel pode originar ligações indesejadas.
Pela minha experiência, se posso escrever assim, a utilidade é maior do que a
quebra de confidencialidade.
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