sábado, 1 de agosto de 2009
O ENIGMÁTICO OCEANO
No mar, lá longe, põe-se o horizonte,
na praia, milhares olham sem questionar,
se entre o passado e o futuro haverá ponte,
neste presente, de sol brilhante, a variar;
Um menino, brincando só, faz escultura,
ergue um castelo, entretido, como a pensar,
talvez para que a sua mãe veja a fartura,
partículas de areia sem ninguém explicar;
Se a água é o cosmos, tudo começa no mar,
corrente que forma a onda, esta que dá a vida,
o sol, semeando brilhos, namora a assediar,
a lua, outra face da moeda, mostra-se sofrida;
A mãe perscruta, pensa o menino em razão,
a praia é o ombro-amigo, onde o mar vai relaxar,
contar as mágoas passadas, em ondas de solidão,
enrolando-se na areia como se a espreguiçar;
Beija a enseada, em rotina mimética, com ardor,
milagre da natureza, vai mostrando a ansiedade,
volta, revolta, por cima, por baixo, faz amor,
em quadro de rara beleza, na mais bela verdade;
Dois opostos, força, fragilidade, fazem atracção,
constata o menino, os elementos fundamentais,
condição para gerar vida, haver multiplicação,
não há filhos do nada, há sempre filhos com pais.
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