quinta-feira, 13 de agosto de 2009
A (DES)EDUCAÇÃO
Há quem pense que educar,
é mergulhar em sebentas,
sem tentarem explicar
que as compreensões são lentas;
Não se carrega um menino
como um burro albardado,
de noções para canino,
sem interrogar o coitado;
Confunde-se conhecimento
com regras de educação,
fazem do sujeito um jumento,
literato, fino, e um morcão;
Educar é respeitar,
o velho, todo o diferente,
não é querer só ensinar,
onde fica o continente;
Educar é mostrar o caminho,
que conduz a outra estrada,
mesmo que se vá sozinho,
na liberdade sonhada;
Educar é adivinhar,
o talento da criança,
que importa se não acertar
o passo daquela dança?;
Educar para ser feliz,
deveria ser a cartilha,
esconder o que se diz,
no costume da matilha;
De que vale conhecer
todo mundo até à China,
se não souber apreender,
a vontade da menina;
Educar é aceitar o vizinho
da mesma forma que somos,
sabendo que ele tem fraquinho,
por tudo o que é homenzinho;
E o preto da Rua da Amargura,
até parece, nem parece tolo,
canta, dança, sorri com fartura,
que pena ser negro, um desconsolo;
Educar é avistar no horizonte,
a esperança perdida de um dia,
transformar o sol em fonte
anímica, inesgotável de energia.
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