Acácio Monteiro deixou um novo
comentário na sua mensagem "ENCERROU UM CAFÉ NO MEU BAIRRO":
Excelente texto baseado em Bertold Brecht. A solidariedade não se apregoa, pratica-se. Hoje por eles, amanhã por nós. Parabéns pelo alertar consciências (adormecidas).
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Muito obrigado pelo comentário.
De facto assim é. O texto foi inspirado em Maiakovsky, Bertold Brecht e Martin
Niemoller.
Deixo os três poemas, e retirados
de aqui:
"Na primeira
noite, eles se aproximam e roubam uma
flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já
não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos
nada.
Até que um dia, o
mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso
medo, arranca-nos
a voz da garganta.
(Maiakovsky)
"Primeiro
levaram os negros, Mas não me importei com isso.
Eu não era negro.
Eu não era negro.
Em seguida levaram
alguns operários, mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Eu também não era operário.
Depois prenderam os
miseráveis, Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns
desempregados, Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Também não me importei.
Agora estão me
levando, Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo."
Como eu não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo."
(Bertold Brecht
(1898-1956))
"Um dia vieram e
levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte,
vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia
vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram
e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar... "
já não havia mais ninguém para reclamar... "
(Martin Niemöller,
1933 - símbolo da resistência aos nazistas)
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