quarta-feira, 24 de abril de 2013

COM A BOCA NA BOTIJA



 Segundo o Diário de Coimbra de hoje, “A Polícia de Segurança Pública deteve dois indivíduos que ontem de madrugada tentaram assaltar a “Rogério Joias”, ourivesaria localizada na Baixa de Coimbra” –acrescento, na Rua Eduardo Coelho.
Não deixa de ser curioso um pormenor acerca deste assalto gorado, felizmente. Ontem circulava, de boca em boca e aqui na Baixa, a informação de que tinha havido uma tentativa de assalto a uma ourivesaria. Porém ninguém sabia onde e a quem tinha acontecido. Estranho é que à hora do almoço interroguei dois profissionais com estabelecimento de compra e venda de ouro vizinhos da “Ourivesaria Rogério” e nenhum deles sabia de nada. Por sorte, e ainda bem, desta vez tudo acabou em bem. Há mais ou menos três anos, durante o dia, numa palmada ligeira, levaram deste  estabelecimento um anel. O certo é que cada vez mais, mesmo no aspecto da segurança de pessoas e bens, é um risco permanente estar dentro de uma loja comercial. Há dias, cerca de três semanas, ao fecho, ainda com o meu negócio aberto, um indivíduo levou consigo um alambique em cobre com cerca de vinte quilos. Tive a ventura de me avisarem e, numa correria louca, parti atrás dele. Quase o alcancei na Praça do Comércio. Ao ver-se acossado abandonou o proveito do furto e, como lebre, fugiu em busca de outro melhor resultado. Nem lhe vi a cara. Isto tudo para dizer que tudo contribui para quem trabalha na área comercial se sinta um joguete ao sabor de vários factores. No fim deste “crosse” bem sei como fiquei a pensar: porra! Isto é uma guerra perdida para quem tem alguma coisa! Vale mais não ter nada! Como se já não bastasse uma pessoa andar a tentar lutar todos os dias para se aguentar aberto e de cabeça erguida e, sem que se faça nada por merecer, leva-se uma bofetada destas! Ó égua!?!

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