quarta-feira, 24 de abril de 2013

OS MÚSICOS DE RUA ACTUAM NO PAVILHÃO DE PORTUGAL, AMANHÃ


(Foto de Fátima Santos)


 A denominada “Orquestra de Músicos de Rua de Coimbra”, num gentil convite de Emília Martins e presidente da Direcção da Orquestra Clássica do Centro, vai actuar amanhã no Pavilhão de Portugal, às 18h00. Inserido na comemoração da 39ª comemoração do 25 de Abril, esta banda constituída essencialmente por fantásticos músicos de rua, mais uma vez, estará presente neste grande salão cultural da cidade. Este agrupamento, formado em finais de Novembro do ano passado, com cerca de uma dezena de executantes, depois da fase de maturação sempre normal nestas coisas, neste momento e já em resultado de escolha apurada tem seis componentes que nunca falham, o Lourenço, o Emanuel, o Paolo, o Luís Cortês, a Celeste e este vosso servidor, que é uma espécie de faz-tudo, compõe e musica os temas (pessimamente, porque não há outro), toca (desafinado), canta (mal, evidentemente) e faz umas palhaçadas (porque é um desavergonhado) para levar os transeuntes a contribuírem para ajudar estas generosas pessoas que fazem o favor de o acompanhar. Para além dos que nomeei, há ainda um eventual, o Gastão, um espectacular instrumentista, de clarinete, que sempre que pode nos segue. 
Já agora, aproveitando este momento de publicidade que eu próprio me concedo e aos meus colegas, gostaria muito de ver outras pessoas a tocar connosco. Embora saiba porquê, mas fazendo de conta que não vislumbro, declaro que tem sido muito difícil conseguir novos elementos. Juro por minha honra que, a começar por mim, para além de uma certa demência notória, com queda para o show business, não sofro de nenhuma doença transmissível e não tomo qualquer medicamento ou droga, incluindo álcool. Pelos meus colegas, atesto que, para além de serem umas óptimas pessoas (que é um grande defeito nos tempos que correm) também não padecem de qualquer patologia assim de mais e que possa prejudicar alguém. Nenhum deles tem uma qualquer doença grave e que possa ser nocivo à comunidade. Quer dizer, estou a lembrar-me agora, a Celeste Correia, para além de ser uma bonita mulher, não tem complexos de cantar com os músicos de rua. Ora, vendo bem, e olhando à volta, tenho dúvidas de que tenha mesmo os parafusos todos na rosca certa. Quase aposto que não tem. Como é que pode? Como é que uma mulher, que não precisa daquilo para nada, se expõe a estar com estes malucos de sanidade de normalidade acima da média? É certo que não lesa ninguém, antes pelo contrário alegra todo o meio envolvente, mas, mesmo assim, cá para mim, esta senhora está muito doente. Só pode. Provavelmente será maleita de gaiteira. E isto, convenhamos, é uma doença gravíssima. Curável não será de certeza, porque, penso, é crónica e não há ainda medicamento inventado. Isto tudo para dizer que se aceitam candidatos envergonhados e que queiram perder os “três vinténs” da timidez. A entrada é imediata e não precisam de ter experiência.

Sem comentários: