segunda-feira, 30 de julho de 2012

AMANHÃ, NO CAFÉ SANTA CRUZ, 11H15...

(IMAGEM DA WEB)




Ex.mo Senhor
Director / Chefe de Redacção

Data: 2012-07-30

Ex.mos Senhores.

Pelo presente solicitamos a V. Ex.a a divulgação do texto abaixo indicado:

Ideais do Centro, conferencia imprensa, terça 31, 11h e 15m, Coimbra, Café Santa Cruz

Ideais do Centro
Discutir ideias, afrontar poderes, mudar o regime, salvar a democracia.

Convite: conferencia imprensa, terça 31, 11h e 15m, Coimbra, Café Santa Cruz



Agradecemos a presença

Grato pelo tratamento noticioso, apresento os nossos melhores cumprimentos.

Ideais do Centro
Jaime Ramos
Médico

No seguimento da reunião do dia 23/07/2012 no Hotel D. Luís em Coimbra, com a presença de cerca de 70 pessoas, convidamos para a Conferência de Imprensa no próximo dia 31/07.
Recordamos o teor da convocatória da reunião do dia 23 e   o texto que esteve na base da discussão então realizada:

Caro/a Amigo/a

Portugal alienou soberania para ter acesso a empréstimos internacionais…
As desigualdades sociais agravam-se com crescente injustiça e risco de pobreza…
O capital assegura lucros e os trabalhadores perdem poder de compra…
As elites revelam-se moralmente indigentes adquirindo, sem esforço, rápidas formações académicas, ou traficando influências para enriquecimento acelerado…
O sistema de ensino garante a estratificação social, impedindo a mobilidade e a ascensão dos desfavorecidos…
Somos crescentemente um país de velhos, incapaz de apoiar as famílias e gerar crianças …
A Justiça assemelha-se a jogo de roleta onde os donos do casino ganham sempre…
O território nacional desertifica-se, com a população concentrada numa pequena faixa de litoral circundante de algumas cidades…
Cresce a insegurança e o medo perante uma criminalidade mais frequente e violenta…
A comunicação social garante um pensamento único, assente em poderes económicos que controlam a liberdade de informação…
A democracia está capturada por aparelhos partidários, do poder e da oposição, feitores dos interesses financeiros…

Coimbra, capital do Centro, berço da Lusofonia, deve usar o seu prestígio e massa critica para gerar um Movimento Cívico de mudança do regime.
Não serão os extremos, de direita ou esquerda, que poderão salvar e melhorar a democracia.
As ideologias coladas aos partidos estão gastas por promessas incumpridas, e cedências desonrosas, que contrariam sucessivos compromissos eleitorais.
O futuro de Portugal exige o respeito por valores e princípios que se assumam acima das táticas e estratégias de grupos económicos ou partidários.

Na segunda-feira, dia 23/7, pelas 21h no Hotel D. Luís, Coimbra teve lugar a primeira reunião, coma presença de mais de setenta pessoas, para se analisar a possibilidade de criar um Movimento Cívico que assuma um conjunto de Ideais do Centro.
Discutir ideias, para que não se fique pelo pensamento único, que recusa alternativas…
Afrontar poderes para que não seja meia dúzia a impor o nosso futuro…
Mudar o regime para que se restabeleça a dignidade nacional e se restitua a soberania ao povo
Salvar a democracia porque as crises económicas e morais podem fabricar ditaduras.

Ideias básicas do Movimento
1. Para unir o grupo (e não dividir) é fundamental que as pessoas pensem no coletivo. Podemos não gostar de alguém … mas todos são necessários. Não estamos um jantar íntimo de amigos. Somos um movimento com pessoas muito diferentes… Não temos de gostar de todos os participantes. Temos de trabalhar em conjunto. Todos temos passado e não somos perfeitos.
2. Temos de encontrar e reforçar o que nos une e não o que nos divide. Não devemos focar pormenores mas só grandes ideias. Não somos Governo. Propomos ideais, ideias, causas. Não projetos de lei. Não temos o poder…. Sentimos o dever de mudar o regime
3. Temos de ter causas, importantes, fundamentais. Verdadeiras prioridades nacionais. Por elas lutaremos. Não somos um grupo de estudos. Somos um Movimento que, com noção das dificuldades, quer propor a mudança do regime, para melhor.
4. Não somos oposição. Somos construção. A crítica não é o nosso objetivo. Não somos um grupo de má-língua ou de ressabiados. Somos um Movimento para criação de uma sociedade melhor.
5. Temos a noção da fragilidade e insuficiências dos partidos… Mas não desejamos lutar contra eles. Queremos que melhorem, se democratizem e que trabalhem por Portugal. Que sirvam e não que se sirvam. Que não tenham como objetivo instalar clientelas no aparelho administrativo do estado. O estado não pode ser coutada dos partidos. Estamos fartos de alternância entre estados laranjas ou rosas…
6. Sabemos que se continuarmos quietos os extremos irão tomar conta de Portugal. A história está cheia de maus exemplos a começar pelo nazismo e a terminar no comunismo.

Quatro Ideais
1. Mais liberdade
Queremos prevenir derivas totalitárias e garantir mais liberdade.
O papel da comunicação social, o 4º poder, deve ser regulamentado impedindo que seja dominado por uma minoria.
A propriedade e o controlo do 4º poder não pode cair na mão de meia dúzia de nacionais ou de grupos estrangeiros, como está acontecer.
A soberania popular exige que a comunicação social garanta o pluralismo ideológico e esteja ao serviço do interesse nacional.
Não pode estar toda concentrada em Lisboa contribuindo para o apagão do território. Exige-se que a comunicação social instalada em Lisboa dê cobertura noticiosa a todo o país, não só quando há calamidades ou desastres.
A privatização da RTP, a manter-se a atual legislação, é perigosa para o interesse público nacional.
O Estado deve possuir órgãos de comunicação social, rádio e televisão, que compensem a deriva populista e mercantilista do sector privado.
As empresas públicas, na comunicação social e não só, devem ser administradas segundo regras de boa gestão, em princípio com lucro, não sendo tolerável que administradores ou trabalhadores ganhem mais que o primeiro-ministro.


2. Melhor democracia
Queremos mais Política, mais discussão, uma população mais interventiva, como maior capacidade de decisão.
Queremos mais pessoas interessadas na política e muito menos políticos profissionais.
O numero de políticos remunerados deve ser reduzido em mais de 50%.
As autarquias devem ser espaço de liberdade política, exemplos de transparência, e escolas de serviço público onde os políticos remunerados devem ser uma minoria.
Todos os votos , incluindo os votos brancos e nulos, devem contar tal como as abstenções.
Todas as pessoas devem ter iguais em direitos consagrando o princípio, esquecido e não cumprido, de uma pessoa/um voto.
Entre a alternativa entre o poder legitimado pela nomeação e o emanado de eleições, somos claramente pela escolha popular.

3. Menor desigualdade
Somos um país com desigualdade crescente. Cresce a pobreza e a concentração da riqueza numa minoria. A classe média está em risco.
O estado deve dar o exemplo reduzindo as desigualdades. Os ordenados, no âmbito do Estado, e as pensões pagas pela segurança social têm de ter um teto máximo, não sendo toleradas acumulações milionárias.
A economia não pode apostar na competitividade pelos baixos ordenados.
Os rendimentos mais baixos devem ser aumentados tal como o salário mínimo.
O problema não é só a falta de produção mas também a inexistência de clientes, compradores, que sustenham a economia
A criação de emprego é prioridade devendo Portugal assumir o ideal do pleno emprego. Um país pobre não pode prescindir do trabalho de centenas de milhares de pessoas.
Não se pode apostar na desregulação das relações de trabalho, fragilizando os trabalhadores. O respeito pelas empresas empregadoras não obriga a trabalho escravo.
Vivemos numa sociedade estratificada.
A educação deve garantir a mobilidade social apostando na descoberta dos talentos individuais.
A segurança social não pode continuar a ser sustentada unicamente pelos trabalhadores mas por todas as formas de criação de riqueza incluindo os rendimentos de capital. Os rendimentos de capital terão de ajudar a subsidiar o estado social tal como os salários.


4. Dignificar a justiça
Sucessivos escândalos, fugas de informação, decisões judicias questionáveis, e demoras injustificáveis nos processos criaram uma péssima imagem para a Justiça.
A demora na aplicação da Justiça beneficia os criminosos e incentiva a ilegalidade.
Queremos uma Justiça célere que não permita que se consolide a ideia que há quem esteja acima da lei.
A insegurança provocada pelo aumento da criminalidade é fonte de medo.
Temos de garantir um sistema policial/prisional/judicial que garanta a segurança dos cidadãos e permita uma economia competitiva, onde os crimes económicos sejam punidos em tempo útil.
O enriquecimento ilícito tem de ser efetivamente punido. A impunidade por parte de políticos, que fizeram (fazem?) fortunas graças á política, não pode continuar.
Não é legítimo pedir sacrifícios á classe média e permitir que a corrupção seja atividade de sucesso.
A economia paralela, e todo o submundo criminal incluindo a corrupção e o tráfico de influencias, têm de ser combatidos sem hesitações. Não se aceita que se continue a sobrecarregar a classe media sem um combate sem tréguas à economia que assenta no crime e na fuga fiscal.


Quatro Causas
A. Aumentar a natalidade, apoiar as famílias, evitar o envelhecimento populacional.
Portugal enfrenta a maior redução de natalidade de sempre. Somos um dos países mais envelhecidos do mundo.
Esta demografia vai originar pobreza e a falência do estado Social.
Urge apoiar as famílias e incentivar a natalidade.

B. Evitar o despovoamento do território e as assimetrias cidades do litoral/interior.

Na última década Portugal enfrentou uma política centralista que tem desertificado e empobrecido o interior. A crise atual é em larga medida resultado deste centralismo.
Urge desconcentrar e descentralizar a administração pública, sempre que possível através de órgãos eleitos. A esta democratização do aparelho do Estado designamos como regionalização, acabando com os feitores nomeados pelo terreiro do paço. Esta democratização terá de ser feita com redução do pessoal político e com diminuição da despesa.
A capital política terá de sair de Lisboa desconcentrado os órgãos do poder do estado por várias cidades.

C. Criar riqueza, melhorar a divida externa, resgatar a independência nacional. Precisamos de uma estratégia nacional de aumento da produção nacional em todos os sectores: turismo, agricultura, floresta, industria, serviços, comercio… Nas últimas décadas seguimos uma política económica prejudicial aos interesses nacionais.
D. Temos de garantir um estado forte, promotor de riqueza e com visão de longo prazo. Não podemos continuar a permitir que obriguem o estado ao estatuto de inquilino, pelintra e caloteiro; recusamos um estado falido dependente dos senhores do dinheiro. As privatizações em massa, a preço de saldo, num período de crise, transferindo o poder e os rendimentos para o estrangeiro, é um crime contra os interesses nacionais. Defendemos um estado promotor que defenda e desenvolva a economia nacional, bem diferente de vender os anéis e os dedos a potências estrangeiras.

Contexto internacional
Portugal não é um caso isolado. A irresponsabilidade por parte das elites políticas não foi nem é um exclusivo nacional. Basta pensar em Itália, Espanha ou França…
Desde a queda do Muro de Berlim a Europa (e a América do norte) entrou numa euforia insensata´, com perda de valores e cedências perante o sistema financeiro. Deixou-se endeusar o dinheiro ao ponto de se sobrepor ao poder político e á soberania dos povos.
Portugal não tem poder para resolver as causas da crise financeira, que atinge o ocidente, e alastra para as potências emergentes.
Portugal tem o dever de contribuir para por os senhores do dinheiro na ordem.
A ganância instalada é eticamente condenável.
O descontrolo do sistema financeiro destrói valores civilizacionais. Os culpados pela crise arrogam-se no direito de impor aos países soluções antidemocráticas, ideologicamente radicais.
A sentida impunidade dos culpados tem de ser contrariada. Não podem viver uma imunidade que lhes permite continuar a destruir os valores da cristandade.
Urge acabar com esta imunidade e a política, legitimada pela soberania popular, não pode depender do poder imposto pela ditadura dos mercados.
A política tem de ser responsável, defender estados fortes, e não ceder as chantagens.
Há necessidade que a UE (tal como os EUA, o Japão) e as Nações Unidas apostem nas soberanias dos países em detrimento da tirania imposta pelo absolutismo financeiro.


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