A Tânia, ontem à hora do almoço, encavalitada no escadote, como que a querer mostrar aos seus colegas comerciantes mais velhos que dos conservadores não reza a história -a não ser em paradigma de contra-ciclo, como referiu Camões no "Homem do Restelo"-, com grande entusiasmo, tratava de enfeitar a sua loja. Não falou -também não perguntei-, mas, com este gesto, mostra bem que não está de acordo que a sua rua, sendo a mais importante da Baixa, não tivesse suspensões alegóricas às marchas populares que, esta noite, num sucesso indescritível, invadiram o Centro Histórico. Com este sorriso lindo, a Tânia, certamente rindo-se dos seus colegas, parece dizer-lhes: "só quem partilha cresce". Parabéns Tânia.
Sem comentários:
Enviar um comentário