Tal como já contei aqui, ontem,
cerca das 23h30, em circunstâncias ainda por apurar, embora tanto quanto sei já
está identificado o homicida, na Rua da Moeda foi assassinado o José Dias, mais
conhecido por “Zezito” e com alcunha de o “garrafão”.
Ao que consegui indagar o “Zezito”
não tem família e, por esse facto, os muitos amigos que ele tem aqui na Baixa
querem que, “apesar de ser muito pobre, tenha direito a um funeral de classe”.
Vai daí, o Fernando, do “Tapas”, na Rua das Rãs, conjuntamente com o Carlos
Alberto Vacas, um outro amigo do falecido, trataram de espalhar por aqui uns
panfletos onde apelam à solidariedade de todos. Diz-me O Carlos Vacas: “ele era
uma joia de pessoa, pode mesmo crer. Não fazia mal a ninguém. Ainda nem estou
em mim com o que aconteceu. Então, como ele não tem ninguém de família, junto
com o senhor Fernando, estamos a ver se conseguimos que, pelo menos na última
despedida, seja tratado como igual a outro qualquer. Isto é, que não olhemos para o
funeral e, pela pobreza sem uma única flor, pensemos olha ali vai um pobre.
Não. O “Zé” podia ser um de tantos como eu, que não tenho nada, mas somos muito
ricos em amigos. Você entende onde quero chegar? Pode contribuir para umas flores
para o "Zezito"?”
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