(Foto de Alex Ramos)
Na
presença, elevada pela consideração, de muitos amigos do
expositor, ontem, pelas 18h30, no Recordatório Rainha Santa Isabel,
ao lado do Portugal dos Pequenitos, foi inaugurada, e estará
presente até 30 de Julho, a exposição de fotografia de Mário
Afonso.
Sobre
o tema “Aqui há gato”, o visitante pode perder-se pelas
imagens “falantes”, cheias de sensibilidade, do autor.
Cerca de vinte fotografias de gatos, captadas pelo olhar artístico
de Mário Afonso, nas mais variadas posições, mostram, ou parecem
mostrar, que os felinos também têm sentimentos e, para quem tiver
disponibilidade mental para recolher os momentos, transmitem uma
linguagem de amor.
Se
nós, humanos, no campo dos talentos somos o que fazemos, também é
verdade que se não mostrarmos o nosso desempenho e o sujeitarmos à
crítica social é como se essa actividade não existisse. E isto
para tentar perceber a generosidade do meu amigo Mário Afonso ao, de
uma forma gratuita e sem o habitual “O que é que eu ganho com
isso?”, nos oferecer o fruto das suas divagações sem nos
pedir nada em troca.
Mas,
afinal, quem é o homem que, em
traços curtos,
descrevo?
“O
Mário, é
um
franciscano sem hábito”.
Quem
o afirma
é
José Gomes, um
amigo comum. “É
um
ser humano
fantástico”,
prossegue.
“Foi
fundador da secção de fados da Associação Académica de Coimbra,
foi colaborador em diversas publicações, regionais e nacionais, e
também da RTP.”
Falando
por mim, o Afonso é aquele amigo do peito, aquele ser único que
está sempre disponível vinte e quatro horas por dia para o seu
chegado. É um sujeito sorumbático, introspectivo, que, por falar
pouco, dá a parecer que anda nas nuvens, que é nefelibata, e não
se apercebe do que gira à sua volta. Puxamos dele a primeira frase, e como génio saído da lamparina, não pára de nos surpreender
pela acutilância e fundamentação das suas teses. O Mário é um
especulador, no sentido de observador, presente na cidade. Nas suas
deambulações, com o seu olhar projectado e materializado na máquina de guardar instantes, a recolha de imagens surge como um grito
silencioso de revolta.
Numa
frase curta, gosto dele. Pronto!
Por
tudo o que foi explanado e pelo que fica por dizer, visite a
exposição “Aqui há gato”, no Recordatório, e como se
fosse embaixador das pessoas de boa-vontade, deixe um abraço ao
Mário Afonso.
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