INAUGURAÇÕES
SEM POMPA
1-Na
semana passada, na entrada do Centro Comercial Visconde, na Rua
Visconde da Luz, abriu a “Passion”, um bonito
estabelecimento de moda para senhora com preços apetecíveis e capaz
de rivalizar com badaladas lojas de marca. Como diria o outro: só
visto! Por isso mesmo, faça o favor de visitar e trocar umas
palavras com a simpática funcionária -que, por lapso, esqueci de
anotar o nome.
Abriu
há dias, na Rua do Carmo, artéria em frente aos Bombeiros
Voluntários de Coimbra e que liga a Avenida Fernão de Magalhães ao
Terreiro da Erva, um novo estabelecimento de antiguidades e
velharias.
No
até há pouco tempo este espaço foi pertença da firma Relíquias
de um Passado -que continua com duas lojas na proximidade. Seguindo a
mesma linha do antigo e usado, a Maria do Rosário Teixeira,
profissional muito conhecida na cidade, pelo seu elevado
profissionalismo e saber, e muito estimada pelos colegas na área em
que se insere, transferiu-se, com armas e bagagens, da parte alta
para a baixa da cidade.
Claro
que, é óbvio, o destino da nossa amiga está directamente ligado à
sua pessoa, leitor. A sua comparticipação e contribuição é
essencial. Vamos lá fazer uma visita?
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PARAR
PARA PENSAR
2-Segundo
o site oficial da Câmara Municipal de Coimbra, “A empreitada de
“Reabilitação de edifício para habitação na Rua da Louça
58-60” foi adjudicada à empresa Construções Castanheira &
Joaquim, Lda., pelo valor de 118.289,16 euros (IVA incluído) e com
um prazo de execução de 210 dias. Uma obra que pretende dotar o
imóvel de um maior conforto e de condições de habitabilidade,
para, posteriormente, ser alvo de arrendamento através do regime de
renda apoiada.”
Embora
a informação municipal não clarifique, trata-se de um pequeno
edifício, estreito e encravado, com uma área diminuta. Quero dizer
que, na minha opinião e salvo melhor, este espaço, em vez de ser
destinado a habitação, deveria ter por destino serviços de
utilidade pública. E estou a lembrar-me que esta zona de ruas
estreitas e muito frequentada por turistas carece de sentinas, as
denominadas casas-de-banho comunitárias. Só quem por aqui trabalha
se apercebe, por vezes, a dificuldade de muitos visitantes terem
acesso a um reservado. O cheiro a urina e fedorento, nos cantos e
recantos de certos largos, é diário e só graças ao esforço dos
lojistas se consegue ultrapassar.
TRANSFERÊNCIAS
3-Depois
de quatro anos a operar na Praça do Comércio, com grande êxito
para os seus imensos clientes e a dignificar a Baixa com os seus
serviços de profissão em desaparecimento, a Chronospaper–Notebooks,
uma loja-oficina de recuperação de livros instalada no antigo
espaço da Casa Bonjardim, transferiu os seus serviços para a Rua Adelino
Veiga, para o prédio da sede e propriedade do Partido Comunista Português.
Ao
que parece, o edifício na antiga praça velha foi vendido e vai ser
destinado a alojamento local nos pisos superiores e restauração no
rés-do-chão. Com muita satisfação, a zona histórica vai poder
continuar a contar com uma oferta que é única no casco velho.
ESTORRICAR
EUROS EM RIBOMBINHAS
(Imagem do jornal online Notícias de Coimbra)
4-Com
muita pompa, muita circunstância e maior folguedo, foi inaugurada a
Feira Cultural de Coimbra na sexta-feira da semana passada.
Tal
como escrevi no ano passado, em que foram estorricados 170 mil euros
-mais 40 mil do que no ano transato, de 2016-, numa política de
terra-queimada, em que os ardidos são os comerciantes da Baixa
-saliento que falamos de um centro histórico em que anualmente
encerram dezenas de estabelecimentos-, o presidente da autarquia
chama investimento ao acto solene de queimar mais 200 mil euros do
erário público num acontecimento que, sendo pernicioso, nocivo,
nada traz de retorno à cidade.
Tal
como escrevi há um ano, repetindo, não tem qualquer explicação
lógica estar a pagar alojamento (alegadamente em alguns casos) e a
dar espaço público, gratuito, a comerciantes que vêm de vários
pontos do país, nomeadamente artesãos, hotelaria, livraria e
alfarrabistas, música e outras iniciativas. Há aqui uma tremenda
confusão entre desempenhos que cabem por inteiro ao Governo e não a
uma autarquia local. No mínimo, faria algum sentido se a edilidade
se propusesse desenvolver áreas comerciais e industriais do concelho
de Coimbra. Embora mesmo neste caso, a meu ver continuaria a ser um
absurdo. O que a Câmara Municipal de Coimbra está fazer, à custa
de dinheiro público que é de todos nós, é gerar uma concorrência
desleal e selvagem entre os operadores estabelecidos e estes novos
“nómadas”.
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ENCERRAMENTOS
SEM HISTÓRIA
5-Depois
de cerca de seis meses em actividade na Rua das Padeiras, encerrou há
dias a “Tecla Divertida”, uma loja de artigos de festa.
Desde
janeiro, último, é 21º fecho de loja comercial.
Com
mais duas anunciadas para este Julho que se aproxima a passos
rápidos, uma na Rua Simões de Castro e outra na Praça 8 de Maio,
nada parece acordar o Executivo Municipal para o que está acontecer.
Mais virado para apostar fortemente na Cultura -Feira Cultural de
Coimbra, no Parque da cidade, 202 mil euros, e Festival das Artes, no
Convento de São Francisco e Quinta das Lágrimas, 70 mil euros- o
socialista Manuel Machado, acompanhado pela vereadora do pelouro,
parece querer dizer que o comércio tradicional não é cultura. Já
agora, porque dá para ver que a sua (deles) concepção de erudição
é muito limitada, fica aqui a designação universal: “Cultura
significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as
crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões
adquiridos pelo ser humano. É também definida em ciências sociais
como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas
sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em
sociedade.”
ÓBITOS
6-Na
terça-feira, da semana passada, com 84 anos, faleceu Santos Cardoso.
Segundo o Diário
de Coimbra (DC), “João
José dos Santos Cardoso, que foi vereador na Câmara Municipal de
Coimbra em três mandatos, faleceu ontem aos 84 anos. Eleito pelo
Partido comunista, Santos Cardoso seria, profissionalmente, um
administrador hospitalar de referência e, como ontem destacaram
alguns dos seus amigos nas redes sociais, um defensor do Serviço
Nacional de Saúde.”
Entre
o exagero desfocado para uns e o mínimo decente para outros, a meu
ver, ficará para a história da cidade a pouca consideração que a
Câmara Municipal atribuiu à partida de um homem que defendeu o
serviço público durante doze anos e que nem direito teve à
bandeira do município a cobrir a urna. Uma omissão simplesmente
lamentável. Claro que não foi a primeira vez, nem será a última.
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TERMÓMETRO
COMERCIAL
7-Em
face desta Primavera chuvosa e incómoda, continua no Centro
Histórico a recolha de assinaturas para que, através de abaixo
assinado, Deus destitua São Pedro da administração das águas do
Céu. Já não são só os pequeníssimos, pequenos e médios
comerciantes da Baixa a queixar-se dos desequilíbrios hormonais do
santo -que não se sabe se estará com depressão se será um
problema na bexiga-, ao que parece e segundo os jornais, a demasiada
água que cai do alto aos trambolhões está também a afectar as
exportações.
Quanto
ao Governo ainda não se pronunciou, mas tudo indica que se continuar
esta humidade molhada vai afectar o verão. Ora verão sem incêndios,
sem o espectáculo do costume, vai ser uma pasmaceira. Às tantas,
digo eu, António Costa também vai dizer qualquer coisinha sobre o assunto.
O
que não se entende é o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República, que
comenta tudo o que mexe. Por que raio é que não se pronuncia? Já
sabemos que é católico praticante, mas não deve ter nada a ver...
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