FIM
DA HISTÓRIA
Na
segunda-feira da semana passada encerrou a Marvac, uma
vetusta firma de mobiliário, louças e materiais para casa-de-banho,
na Rua Simões de Castro.
Segundo
a página
na
Internet, “A
empresa iniciou a sua actividade em 23 de Janeiro de 1946 na rua da
Sofia nº123 e 125 em Coimbra, no comércio de cristais, vidros e
materiais de construção. Em 1999, a empresa mudou de instalações
para a rua Simões de Castro nº 153, onde presentemente continua a
funcionar.”
Depois
de 70 anos a laborar na Baixa de Coimbra, cerca de meio-século na
Rua da Sofia e vinte anos na Rua Simões de Castro, quase a pedir
desculpa por partir sem despedida, quase em segredo, a Marvac foi
para o infinito de silêncio onde repousam todas as grandes empresas
que marcaram a história da cidade.
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Embora
só esta semana fosse oficial, depois de meio ano em actividade,
encerrou a semana passada, na
Rua do Corvo,
o estabelecimento “Tripas&Fitas”,
uma bonita casa de hotelaria com
cafetaria e
cujo chamariz principal são as celebérrimas tripas de Aveiro e
outros doces de estalar o palato.
Não
se sabe ao certo a razão do fecho do espaço comercial e industrial.
Isto é, se foi por causas conjunturais e económicas se por motivo
de força-maior.
Um
vizinho, que pediu o anonimato, afirmou que Mara Ventura, que veio de
Aveiro tentar a sua sorte na cidade de Aeminium, foi obrigada a
encerrar por doença. A ser assim, e, se calhar, antes não fosse,
desejamos as rápidas melhoras à jovem
empreendedora que, apesar do pouco tempo entre nós, granjeou uma
aura de simpatia.
Desde
Janeiro, último, é
o 23º encerramento comercial na Baixa.
SEMENTEIRA
EM TERRA NOVA
No
início da semana passada, no antigo Augusto Neves, um quase
centenário estabelecimento de ferragens que foi para os anjinhos em
2008,
na Rua da Sofia, abriu a “Loja do Euro”.
Embora
já exista um estabelecimento na Baixa com o mesmo conceito, na Rua
da Gala, onde qualquer produto tem o mesmo valor de uma
moeda de
euro, este novo espaço, que agora abre portas, nada tem a ver com o
concorrente. Segundo informações curtas de alguém que sabe do que
fala, este novo investidor vem de Viseu. Nesta
cidade e Lamego
detém vários estabelecimentos no género.
Ao
novo vizinho desejamos as maiores felicidades.
QUADRO(S)
DE ESPERANÇA
(Foto do Diário de Coimbra)
Citando
o Diário de Coimbra”Se
tudo correr como deseja Gonçalo Quadros, dentro de um ano e meio, a
sede da Critical Software estará instalada no Arnado, no edifício
dos antigos armazéns da Coimbra Editora. O imóvel, com cerca de
quatro mil metros quadrados, foi recentemente adquirido pela empresa
portuguesa - que hoje celebra o seu 20.ª aniversário - e a
expectativa é a de que o edifício venha a acolher cerca de 400
novos funcionários (…).”
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BARALHAR
E DAR DE NOVO
Durante
a manhã da última quarta-feira a zona da Loja do Cidadão foi
interditada a trânsito automóvel para filmagens.
Segundo
uma fonte que pediu o anonimato, trata-se da nova grelha de
publicidade à empresa de comunicações NOS. Segundo a minha fonte,
uma equipa de filmagens está a percorrer várias cidades do país e
com vários artistas nacionais a interpretarem “a minha
casinha”, uma recriação dos “Xutos e Pontapés”.
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SOPAPO
DE LUVA BRANCA
(Imagem da Web)
Na
última sexta-feira, o Diário de Coimbra (DC)
-o
nosso “Calinas”, como é tratado com carinho pelos mais velhos -
deu uma
lição de
jornalismo ao
“novato” jornal PÚBLICO.
Por
ocasião do seu 88º de existência o DC, ao contrário do seu
congénere, fez um bom trabalho a propósito da comemoração dos
cinco anos de Património Mundial, atribuído pela UNESCO. Ouvindo
todos os intervenientes com responsabilidade no presente e no futuro,
no caso, comerciantes, hoteleiros, residentes e representantes do
poder instituído, deu voz a todos. Quem leu, mais que certo, ficou
com uma opinião mais bem formada sobre a consequência da
legitimação para
a Alta e para a Baixa da cidade.
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SONS
DA CIDADE
Tal
como anteriormente, este ano, para “celebrar
a inscrição da “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na Lista
do Património Mundial da UNESCO sob o signo da reflexão e
intervenção artística” começou na sexta-feira passada um vasto
programa que “convida à deambulação e propõe a (re)descoberta e
novas leituras da Cidade através do cruzamento de vários
patrimónios: do edificado à língua e à música, da imagem à
palavra e desta ao corpo e ao seu movimento no espaço-tempo”
- texto retirado do programa oficial das festas que, desde
cinema, roteiro gastronómico entre estabelecimentos hoteleiros no
Centro histórico, teatro na rua e um jantar num largo da Baixa,
decorreram
entre 22 e 24
de Junho.
A
crítica a estes eventos pode ser sintetizada numa pergunta e numa
exclamação: já foi? Nem dei por isto!
SÓ
DEVE MEXER EM VELHARIAS QUEM SABE
A
Feira de Velharias, realizada ao
quarto Sábado de cada mês habitualmente na Praça do Comércio,
devido ao facto de ter sido instalado um ecrã gigante e uma zona de
lazer, fanZone, na antiga praça velha, foi transferida para o
Terreiro da Erva neste
último Sábado.
Segundo o jornal online Notícias
de Coimbra, “Com
esta transferência, a título excecional, a Câmara Municipal de
Coimbra cumpre, assim, a calendarização de uma iniciativa que
acolhe dezenas de expositores, oriundos de diferentes pontos do país,
para exibição e venda de antiguidades de índole diversa, este mês,
num espaço que merece ser vivificado”
Por
que não houve informação suficiente, sobretudo para os visitantes,
houve pouca gente no reclassificado Terreiro da Erva a visitar as
tendas. No
mínimo, mandava o bom-senso que fosse colocado um painel aéreo a
atravessar a antiga praça velha para os habituais clientes deste
certame tomarem conhecimento da mudança de local.
Para
complicar ainda mais, esteve uma canícula de quase 40 graus celsius.
Para
encrencar
ainda mais a coisa, Manuel Machado, o presidente da Câmara Municipal
de Coimbra, que nunca colocou os pés no antigo espaço da Praça do
Comércio, deu-lhe para ir ver como é que ficavam arrumados os
estendais na “menina
dos seus olhos”,
como quem diz, no Terreiro da Erva restaurado sob este seu reinado.
Se
seguisse o seu horóscopo, não
devia ter ido por que não estava nos seus dias.
Para
embrulhar ainda mais o que já estava muito emaranhado, numa
“espécie
de posso, quero e mando”,
deu-lhe
para se meter com uma vendedora que não tem papas na língua. A
Inês Contins, da Figueira da Foz, uma esforçada mulher de trabalho,
que conheço bem, como é óbvio, não fala a mesma linguagem estatutária de
Machado, o político bem sucedido, e o desencontro só poderia dar
bronca.
Ora,
por conseguinte, juntando
tudo num caldeirão, é de prever que, se o pelouro da Cultura
continuar a tratar os vendedores com o mesmo desrespeito e não descer do ilusório pedestal em que se julga entrosado, a toponímia do
velho terreiro seja alterada muito em breve para “Praça dos Coveiros da Feira de
Velharias”.
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