sábado, 10 de setembro de 2011

DEZ ANOS DEPOIS

(IMAGENS QUE, PELO PIOR, SE TORNARAM PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE)


 Fará amanhã uma década que o aparente e simples derrubar de duas torres teve consequências imprevisíveis para o globo. Depois, e ao longo de dez anos, verificamos que o mundo está cada vez mais desigual. Alguns Estados, à custa desta tragédia, enriqueceram e a maioria empobreceu.
Mais de três mil pessoas pereceram imediatamente, e muitos milhões pelo mundo inteiro, na subsequência deste condenável atentado suicida, enlameados na miséria, vão morrendo à fome um pouco todos os dias. 
Se pelos desaparecidos defuntos nada haverá a fazer, pelos vivos-mortos que ninguém consolará com pão, certamente novas estradas neste universo de injustiça é preciso abrir...

1 comentário:

Jorge Neves disse...

No 11 de Setembro de 2001 eu estava em Coimbra, mais propriamente na Escola Silva Gaio onde trabalhava na altura, tinha acabado na véspera as minhas férias. Estava junto ao Bloco 2 com dois colegas meus, quando ouvi uma professora ao telemóvel a comentar que tinha havido uma enorme tragedia nos Estados Unidos, tinham caído dois aviões e morrido centenas de pessoas.
Como estava na hora de almoço corri em direção do refeitório e liguei a Televisão para ver o noticiário. Afinal já circulava que tinha sido um grande ataque aos Estados.
Passados poucos minutos o refetório estava cheio de colegas “colados” ao televisor e os telemóveis sempre a tocarem.
Como nesse dia só trabalhava de manhã, fui para casa. Cheguei a casa e vi na TV aquelas imagens centenas de vezes, de uma espécie de miragem tirada da capa de um filme de ficção com um fundo de céu azul e um avião, como se fosse um modelo de brincar a embater nas torres gémeas.
Para mim aquelas imagens representaram a queda do Imperio Americano do mesmo modo que Salazar saiu do governo, o 25 de Abril e o 27 de Julho de 74, quando o Spínola oficializou o fim do Império Português.
Em relação aos Americanos, a sua máquina de guerra americana não estava preparada para ser uma força de ocupação e polícia.
Sadam Hussein, pareceu-me um homem tranquilo que não esperava pela guerra pois comungava daquela crença básica de que os interesses dos Estados Unidos, que o tinham ajudado como defensor anti fundamentalista, o iam manter no poder e que não o relacionavam com a Al-Qaeda, nem com armas de destruição maciça. Ele sabia e pensava, que os americanos sabiam, e que só por estupidez o atacariam.
Passados estes anos, muito mudou na teoria mas na prática quase nada está diferente, continua o terrorismo, os Americanos com a mania que são os donos da verdade e do Mundo.