(IMAGENS QUE, PELO PIOR, SE TORNARAM PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE)
Fará amanhã uma década que o aparente e simples derrubar de duas torres teve consequências imprevisíveis para o globo. Depois, e ao longo de dez anos, verificamos que o mundo está cada vez mais desigual. Alguns Estados, à custa desta tragédia, enriqueceram e a maioria empobreceu.
Mais de três mil pessoas pereceram imediatamente, e muitos milhões pelo mundo inteiro, na subsequência deste condenável atentado suicida, enlameados na miséria, vão morrendo à fome um pouco todos os dias.
Se pelos desaparecidos defuntos nada haverá a fazer, pelos vivos-mortos que ninguém consolará com pão, certamente novas estradas neste universo de injustiça é preciso abrir...
1 comentário:
No 11 de Setembro de 2001 eu estava em Coimbra, mais propriamente na Escola Silva Gaio onde trabalhava na altura, tinha acabado na véspera as minhas férias. Estava junto ao Bloco 2 com dois colegas meus, quando ouvi uma professora ao telemóvel a comentar que tinha havido uma enorme tragedia nos Estados Unidos, tinham caído dois aviões e morrido centenas de pessoas.
Como estava na hora de almoço corri em direção do refeitório e liguei a Televisão para ver o noticiário. Afinal já circulava que tinha sido um grande ataque aos Estados.
Passados poucos minutos o refetório estava cheio de colegas “colados” ao televisor e os telemóveis sempre a tocarem.
Como nesse dia só trabalhava de manhã, fui para casa. Cheguei a casa e vi na TV aquelas imagens centenas de vezes, de uma espécie de miragem tirada da capa de um filme de ficção com um fundo de céu azul e um avião, como se fosse um modelo de brincar a embater nas torres gémeas.
Para mim aquelas imagens representaram a queda do Imperio Americano do mesmo modo que Salazar saiu do governo, o 25 de Abril e o 27 de Julho de 74, quando o Spínola oficializou o fim do Império Português.
Em relação aos Americanos, a sua máquina de guerra americana não estava preparada para ser uma força de ocupação e polícia.
Sadam Hussein, pareceu-me um homem tranquilo que não esperava pela guerra pois comungava daquela crença básica de que os interesses dos Estados Unidos, que o tinham ajudado como defensor anti fundamentalista, o iam manter no poder e que não o relacionavam com a Al-Qaeda, nem com armas de destruição maciça. Ele sabia e pensava, que os americanos sabiam, e que só por estupidez o atacariam.
Passados estes anos, muito mudou na teoria mas na prática quase nada está diferente, continua o terrorismo, os Americanos com a mania que são os donos da verdade e do Mundo.
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