sábado, 2 de julho de 2011

SEI QUE ESTÁS EM FESTA, PÁ...




 Cerca das 10h30 foi inaugurada oficialmente a “Feira de Artesanato e Sabores Tradicionais” na Praça do Comércio, em pleno coração da Baixa de Coimbra.
Para além do anfitrião, Carlos Clemente que, pelo ar feliz, parecia estar satisfeito, a “cortar a fita” esteve o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Barbosa de Melo. Fez-se acompanhar por uma embaixada de respeito, nomeadamente, a vereadora da Cultura, Maria José Azevedo, e o comandante da Polícia Municipal, Euclides Santos.  Entre os vários convidados podiam ver-se Armindo Gaspar, presidente da APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, Carlos Cidade, líder da concelhia do Partido Socialista, Álvaro Seco, ex-candidato à autarquia pelo partido rosa, e vários presidentes de juntas de freguesia da zona circundante de Coimbra, tais como Santa Clara, de São Martinho do Bispo e da vizinha Santa Cruz. Para além destes, ainda, podia ver-se o Leite da Silva, o Júlio Gaspar, o Nuno e o Jorge Neves, todos relacionados com a Junta de Freguesia de São Bartolomeu.
Tudo indica que, apesar da polémica que antecedeu este certame, vai ser um sucesso como nunca foi até aqui. Até parece que o desaguisado entre Carlos Clemente e a autarquia, em subsequência, acabou por redundar em maior empenhamento por parte do edil de São Bartolomeu. A feira está muito maior do que em anos anteriores e muito bem distribuída por sectores. O facto acertado de a realizar em módulos, em detrimento de uma inestética tenda gigante, foi uma medida acertada e que lhe confere uma outra autenticidade popular.
Está de parabéns Carlos Clemente pela tenacidade, pela forma como se bate por aquilo em que acredita.

O QUE NÃO SE VÊ MAS SENTE-SE

 Depois da grande polémica que deu o facto de hoje, com uma distância de pouco mais de uma centena de metros, se estarem a realizar duas feiras de artesanato e sabores tradicionais em simultâneo, uma promovida pela Junta de Freguesia de São Bartolomeu e outra pela Câmara Municipal, em parceria com a Turismo do Centro e a Confraria da Chanfana, seria de supor que, às farpas de Carlos Clemente, o presidente da autarquia, convidado para inaugurar a alegoria, fizesse “ouvidos de marcador” e não comparecesse. Ora, é aqui que bate, Barbosa de Melo não só esteve presente como ainda levou consigo a vereadora da Cultura, Maria José Azevedo, tantas vezes apontada como a grande causadora desta falta de planeamento.
Foi bonito de ver o presidente da edilidade passar por cima de tudo isto? Para mim foi. Acho que, neste futuro que fazemos todos os dias, o “low profile” do economista Barbosa de Melo vai capitalizar a seu favor. Quem me lê pode até achar que estou para aqui a puxar minudências “comezinhas”, mas para mim, que não sou político partidário, gostei de ver. Afinal o político é um ser humano como outro qualquer –apenas tem o estatuto que o diferencia dos demais-, reage umas vezes bem outras nem tanto. Não preciso de dizer também que todos nós, quando estamos deste lado, faríamos sempre melhor do que eles, que estão no poder. Depois de ocupar o seu lugar é que nos apercebemos da nossa fragilidade. Está mal criticar enquanto oposição de cidadania ou partidária? Não, não está. Antes pelo contrário. É esta oposição que faz com que tudo mude, numa dinâmica impressionante. 
Parabéns ao presidente da Câmara Municipal, João Barbosa de Melo, e à vereadora da Cultura, Maria José Azevedo. Esta sua vinda humilde a “terras do inimigo”, para mim, significa que aceitam as críticas e tudo farão para melhorar o que de mal tem sido feito.



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