(Surripiei esta imagem daqui)
Segundo o jornal Campeão das Províncias, "a Ikea, uma empresa multinacional de origem sueca, vocacionada para a venda de artigos para o lar, está a diligenciar no sentido de comprar terreno em Coimbra para abrir uma loja".
Ora, em face do anunciado, poderemos perfeitamente entender esta notícia sob o prisma do copo meio cheio ou meio vazio. Ou, por outras palavras, ver esta vinda como um desastre ou uma oportunidade. Desastre, quanto a mim, pode ser encarado como tal se a autarquia se preparar para pôr de cócoras como está a boneca da foto em cima. Isto é, se pelo brilho do ouro que emana do projecto sueco, ficar completamente inebriada e se esquecer que a cidade tem muitas lojas de artigos para o lar, incluindo as grandes superfícies. Para não falar de muitas que ainda vendem mobiliário. Esta grande marca a vir a implantar-se em Coimbra é mais uma machadada nas que vão resistindo. Colocar esta vinda sob o nivelado, para aconchegar consciências, de que o consumidor precisa e exige. Colocar esta nova superfície sob a utópica criação de emprego, sem ponderar o impacto negativo na já depauperada e periclitante conomia empresarial da cidade, é um desastre anunciado.
Se a autarquia, que tem poderes de decisão no licenciamento, negociar a sua vinda para a zona da Baixa, então sim, poderemos estar perante uma oportunidade de revitalizar o Centro Histórico através de um catalisador importante para o desenvolvimento desta parte baixa da cidade.
Está na altura da Câmara Municipal de Coimbra, através do executivo liderado por Carlos Encarnação, mostrar que está mesmo preocupada com o futuro económico da cidade. Sim, porque este anúncio a concretizar-se irá afectar todo o tecido empresarial do concelho. A autarquia, como em casos de licenciamento anteriores, tendo em conta o momento crítico que se vive, não pode mais uma vez alhear-se das consequências que o seu procedimento de "laissez faire, laissez passer", de destruição pura e simples de famílias que lutam para obter honestamente o seu sustento. A Câmara Municipal de Coimbra, com o envolvimento da Assembleia Municipal, terá de ponderar bem o que vai fazer. Já chega de asneirar...
4 comentários:
Caso se confirme a abertura de uma nova loja IKEA em Coimbra, esta muito dificilmente se irá localizar na Baixa de Coimbra.
Concordo que seria bom para revitalizar o comercio da Baixa, mas tendo em conta que as lojas IKEA são como uma espécie de grande armazém e que ocupam bastante espaço, não seria por isso a melhor estrutura para colocar numa zona como a baixa de Coimbra. No máximo ficará localizada, na margem esquerda, junto ao Fórum Coimbra.
No entanto é sempre positivo a vinda desta multinacional para Coimbra: vai criar emprego e aumentar a variedade em artigos do lar e gerar concorrência.
No Terreiro da Erva seria o ideal ou nas Instalações dos Bombeiros Voluntarios, como a mudança destes para o res do chão da antiga Policia Militar na Rua da Sofia
Sr. Jorge Neves, um loja IKEA ocupa um espaço superior ao da Auto-Industrial (desde a Fernão Magalhães até ao rio). Seria completamente impossível instalar uma IKEA no edifício dos bombeiros voluntários. Depois ainda há o facto dos suecos, donos da IKEA, terem uma série de condições para a instalações da suas lojas e uma dessas condições são as acessibilidades, por isso é que as lojas IKEA são construídas perto de vias rápidas (IC's, IP's, AE). Seria impensável colocar uma loja destas dimensões no centro da cidade.
Terão que fazer um IKEA à medida de Coimbra, como no caso do El Corte Ingles.Ou em alternativa na margem esquerda junto ao SMTUC,desde que façam uma ponte pedonal para a margem direita, e as compras no IKEA sejam transformadas em vales de desconto no comercio tradicional.Tudo isto tem de ficar ecrito no contracto do licenciamento.
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