sexta-feira, 14 de maio de 2010

A COLUNA DO MARCO...

(IMAGEM SURRIPIADA DA WEB)

      De manhã ao beber o habitual café, como faz a maioria dos portugueses, antes de «pegar» ao trabalho dei por mim a coscuvilhar a conversa na mesa ao lado. Igualmente, como todos, e no bom português que sou.
Inevitavelmente, todos nós temos este costume, apesar de dizermos que a vida dos outros não nos interessa nada. Acho mesmo que é uma característica lusitana: a coscuvilhice e a bisbilhotice. Destas duas, todos temos um pouco. Adiante. Diziam então, também habitual, mal do governo, dos ministros, etc, e nenhum tinha votado no PS. Dei por mim a pensar que nunca ouvi ninguém a dizer que temos um bom governo e um bom primeiro-ministro. Então como é que o PS vai na 2ª legislatura? Ninguém gosta, nem vota nos governantes em funções, e eles ganham eleições? Eu afirmo que nunca votei PS, portanto fiz o meu papel: não gosto nem admiro este partido. Logicamente que voto na oposição. Por isso digo, a quem se queixa (na noite das ultimas eleições os meus vizinhos ouviram), é bem feito! Somos um pais de merda (não me ocorre outra palavra). Temos a oportunidade de alterar a situação e não o fazemos. Estávamos insatisfeitos, pois as promessas efectuadas não foram cumpridas -outro hábito português. Perdemos poder de compra; os impostos subiram, etc., e quem ganha as eleições? O partido que estava no governo, pois claro! Aquele que não cumpriu. O mesmo de quem todos dizem mal e se queixam. Macacos me mordam se eu entendo isto! Noutros países o que se verifica é que os políticos são castigados quando ocorre esta situação. Veja-se os EUA, correram com o Bush e elegeram um negro pela 1ª vez na história, mas está sobre avaliação. Se não acabar com a presença do exército americano no Iraque, os eleitores americanos, estarão prontos para castigar  o Obama se este não cumprir.
Outro exemplo recente: em Inglaterra mudaram de partido no governo. Portanto, em países com outra cultura politica o povo muda de partidos e de governantes quando não cumprem promessas, ou governam mal. Conclusão, em Portugal constata-se o seguinte: “governaste mal? Não importa, voto outra vez em ti, como prémio. Pode ser que à segunda consigas”.
 Das duas uma, ou somos um povo muito inculto politicamente ou somos masoquistas. Vendo bem, acho que afinal somos mesmo as duas constatações. Ou mais pragmaticamente somos todos, além de coscuvilheiros, uns burros.
Abraço.
Marco

2 comentários:

Jorge Neves disse...

Isso mesmo Marco, ninguem votou no PS, estranho como ele ganharam duas vezes seguidas, uma com maioria outra sem maioria, mesmo com os mortos a votar em algumas localidades, se ninguem votou neles como e que ganharam? Costumo dizer, que é necessario chamar os capacetes azuis para fiscalizar as eleições, se ninguem vota neles como é que ganham?

Jorge Neves disse...

Se há mérito que este (des) governo tem é o contributo para destruir do país. Desistir de lutar, nunca, cada vez é mais necessário a união e a força de todos, para combater este cenário tão negro como este a que estamos a assistir. Temos que resistir, temos que lutar! Na minha opinião, temos de nos revoltar, não existe outra forma de agirmos.
Não é fácil, Portugal está de tal maneira podre, que nada resulta, enquanto for (des) governado por estes senhores que se alimentam nos últimos trinta anos à custa do suor dos trabalhadores, mas se todos procurarmos forças uns nos outros, se estivermos unidos, se formos uma classe, conseguiremos vencer, que significa conseguiremos reverter o rumo de Portugal.
Se formos passivos e não agirmos perante a tamanha enormidade de medidas anti-crise, que só as classes mais desfavorecidas vão pagar teremos que dizer aos nossos filhos, não tenho dinheiro para te alimentar! O que lhes vamos dizer? Que nos acobardámos? Que desistimos? Que sabemos que está mal mas que já não temos esperança? Que deixamos andar?
Não podemos desistir de sermos cidadãos neste país, não podemos desistir de darmos o nosso contributo, não podemos desistir de estarmos onde somos precisos! Não há dúvida que temos uma enorme capacidade de mobilização, só falta acreditarmos que podemos vencer e de consciencializarmos que temos de lutar pelo país e lutar pelo país significa lutar pelo bem da pessoa que é todo o cidadão de dele faz parte!
Tenho um grande orgulho em ser Português e tenho um grande orgulho em pertencer à classe trabalhadora. Dissemos sim quando foi preciso e acredito que agora também o façamos. Todos os trabalhadores de uma maneira geral, movimentos e sindicatos, ousemos parar para pensarmos, todos, dou o meu contributo para que a classe se mantenha unida e a luta possa sair à rua!
Nunca Portugal assistiu, com este governo, a um ataque tão cerrado aos trabalhadores mas estou convicto, que também Portugal nunca assistiu a uma união da classe trabalhadora, tão grande e determinada.
http://independentepelafregueia.blogspot.com/