sexta-feira, 12 de março de 2010

UMA IMAGEM, POR ACASO, QUE NÃO É POR ACASO...



  A bonita montra das “Modas Veiga”, na Rua Eduardo Coelho…e podia perfeitamente ficar por aqui.
 Acontece que me apetece andar e não vou mesmo ficar pela montra, vou entrar. E quem é que está lá dentro? Nem mais, o meu amigo Francisco Veiga, que conheço há longas décadas. Pelo menos desde 1973. Trabalhava então ele no velho “Carlos Camiseiro”, na Praça do Comércio, e que, mais tarde, viria, o edifício, a ser comprado pelo José dos Santos Coimbra –meu patrão durante 9 anos. Viria então a chamar-se “Traje”. Passados cerca de 30 anos, “morreu” no ano passado, seguindo as pegadas do velho “Carlos Camiseiro”.
Voltando ao Francisco Veiga, cada um de nós seguiu a sua vida. O Francisco foi, durante mais de duas décadas –em sociedade com o irmão- um dos “motores” principais da Rua Adelino Veiga: as “Modas Veiga”. As vidas complicaram-se, com ventos, maremotos e outros imprevisíveis cataclismos, e o Veiga rumou mais para norte. Hoje está com duas lojas de pronto-a-vestir na Rua Eduardo Coelho –duas das mais importantes desta artéria, que este comerciante não brinca em serviço.
Mas não foi para fazer publicidade às lojas do meu amigo Veiga que comecei a escrever este texto. O Francisco faz parte de uma “safra” de comerciantes que, pela idade, estão a desaparecer todos os dias. É daqueles homens que vale mais partir que torcer. É daqueles pequenos empresários que subiram a escada a pulso e ao subi-la não esqueceram quem a segurava. Por outras palavras, é um homem que podemos sempre contar com ele, mesmo sempre, seja para o que for. Um bom exemplo para tantos comerciantes. Assim o queiram ver…

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