(IMAGEM FURTADITA NAS NUVENS DA INTERNET)
Ele anda, ou melhor, arrasta-se arqueado, com o peso do corpo, sobre duas muletas. É um homem de sessenta e poucos anos. Trabalha na Rua da Sofia. Conheço-o há muito tempo. Há cerca de uma dúzia de anos, teve um grande acidente de automóvel que lhe roubou a mobilidade, mas não a força interior. Aquela força que nos move para além da razoabilidade.
-Viva, doutor, como é que vai? Interrogo.
-Vou bem! Vou sorrindo para o mundo, para que o mundo sorria para mim. Acompanhado de um meio sorriso traquina, apoiado nas canadianas, lá vai o meu amigo, sem saber que, mentalmente, gravei a sua frase.
Peguemos neste salmo de fé e transformemo-la em motor de energia.
No Sábado fui ver o “Invictus”, um pouco da história de Nelson Mandela e a África do Sul, “pós-apartheid”, no início da década de noventa, do século passado, e após a libertação deste grande líder africano. Não é um filme por aí além –esperava mais-, mas, também ali é mostrada a força das palavras, enquanto alavanca positiva para, no meio da desgraça, vislumbrarmos para além das nuvens negras, e acreditarmos que haverá futuro amanhã.
Tenho a certeza de que vale a pena pensar nisto. Ora experimente…
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