Numa
terra pacata como Coimbra onde os acontecimentos rareiam -diria que existem
muitos, mas por deficiente informação não chegam ao receptor- e até, felizmente
a "Criminalidade está a Baixar", o concerto da denominada
"Orquestra de Músicos de Rua de Coimbra" dado ontem no Pavilhão de
Portugal ajuda a fazer a capa do Diário de Coimbra. Sem falsa modéstia, foi
bom? Com uma sala bem composta, foi muito bom. Foi excelente, do ponto de vista
da eficiência? Não, foi razoável. Mas, tendo em conta o fundo social que está
por trás desta ideia -e que se houvesse uma maior envolvência do público-alvo
deste plano poderia contribuir também para baixar ainda mais a criminalidade- e levando em nota os poucos ensaios efectuados, correu muito bem.
Sentir ali, ontem, como eu apreendi, o ar ufano, de importância, e de reconhecimento que os músicos de rua manifestavam, só por isso, valeu a pena. Com a ajuda incomensurável de Emília Martins, presidente da direcção da Orquestra Clássica do Centro, com este pequeno passo, tenho a certeza, estamos a tornar o mundo melhor. Espero que ao passarmos por um músico a mostrar o seu talento na rua nos lembremos que aquela pessoa tem uma história, muitas vezes cheia de percalços, e, para além de contribuirmos com uma moeda, precisamos de olhar para ele como um prestador de serviços e não como um pedinte. É tudo uma questão de conceitos? Pode ser. Mas, neste curto ou longo caminho que é a vida, aprendemos todos os dias. Se esta iniciativa servir para reflectirmos e ajudar a tornar mais digno este trabalho de quem se mostra nas artérias da cidade, já ganhámos pela intenção.
Sentir ali, ontem, como eu apreendi, o ar ufano, de importância, e de reconhecimento que os músicos de rua manifestavam, só por isso, valeu a pena. Com a ajuda incomensurável de Emília Martins, presidente da direcção da Orquestra Clássica do Centro, com este pequeno passo, tenho a certeza, estamos a tornar o mundo melhor. Espero que ao passarmos por um músico a mostrar o seu talento na rua nos lembremos que aquela pessoa tem uma história, muitas vezes cheia de percalços, e, para além de contribuirmos com uma moeda, precisamos de olhar para ele como um prestador de serviços e não como um pedinte. É tudo uma questão de conceitos? Pode ser. Mas, neste curto ou longo caminho que é a vida, aprendemos todos os dias. Se esta iniciativa servir para reflectirmos e ajudar a tornar mais digno este trabalho de quem se mostra nas artérias da cidade, já ganhámos pela intenção.
Sem comentários:
Enviar um comentário