Segundo declarações de um
candidato partidário à Câmara Municipal de Coimbra, já apresentado publicamente
e conhecido, “está aberta a campanha eleitoral”. Por outras palavras, iniciou-se
a “caça” ao voto. Ainda não conhecemos outros que certamente se apresentarão no
pleito. Todos os nossos leitores sabem que o Blogue Questões Nacionais é muito
pequenino, quase residual, na cidade. Gostávamos de ser grandes? Se calhar dava
jeito. Como nunca fomos não conhecemos as diferenças. Buscamos atingir esse
pico? Penso que não. Para além do Facebook, onde colocamos uns link’s, não
fazemos publicidade em mais lado nenhum. É um blogue modesto, mas acima de tudo
o seu primado é ser honesto. Não se engana ninguém. É alimentado diariamente
somente com uma pessoa –que sou eu, o Luís Fernandes, um criado às ordens de
vossemecês. Este site não tem grandes meios, mas, como podem verificar, não os
procura a todo o custo. Não tem publicidade, que é o instrumento mais conhecido.
Aliás, contabilisticamente, esta página é uma desgraça: só dá prejuízo ao seu
mentor. Ainda há dias fiquei a saber, pela super-estrutura do Google, que tinha
atingido o “plafond” máximo para colocar fotografias. Em face disso, se queria
continuar a mostrar o que se passa cá na Baixa, teria mesmo de “pagar e não
amochar”, ou não “bufar”, sei lá! Mas como sou pobrezinho mas não coitadinho,
está bem, pronto! A malta paga, como quem diz eu. Que não seja por isso que as
notícias deixarão de dar à estampa.
O que me move? Poderá interrogar o
leitor? Ora bem, vamos por partes. A primeira, e intrínseca, é o facto de
gostar de escrever. É a minha “droga” diária. Bem sei que se é um pouco
compulsivo não é bom. Mas, para me tentar desculpar, digo que este vício dá muitas
chatices mas não me mata. Por comparação, e com respeito por quem os assume e
precisa deles, não fumo, bebo moderadamente e não tomo ansiolíticos.
A segunda, gosto de intervir na
vida pública. É uma mania debochada. Às vezes pergunto-me porquê. Chego à
conclusão que deve ter a ver com as minhas origens humildes. É como se pelo
complexo de inferioridade criado tivesse necessidade de o ultrapassar. Quem
explicava isto muito bem era Adler, psiquiatra austríaco, 1870-1937 –isto é só
mesmo para mostrar que sou muito culto, aparência, é claro, porque li muito
pouco deste e de outros filósofos. Dizia então este grande estudioso da mente,
contemporâneo de Freud, que “resultante de um sentimento de inferioridade
haverá uma tendência para uma valorização que compense essa inferioridade”.
A seguir, como terceira parte,
dizem os sociólogos –e eu reitero completamente- que o que move o homem é o
interesse. Este, o interesse, depois pode ser divisível em várias partes, entre
elas o reconhecimento. Isso quer dizer que não coloco de fora o interesse. Mas
há um pormenor: procuro –nem sempre o consigo, esclareço- separar as águas.
Isto é, tento que esse proveito não recaia directamente sobre mim. Admito que,
através do reconhecimento, venha mais tarde, mas inicialmente no pontapé da
acção não há egoísmo. Há apenas uma necessidade de, através dos escritos e da
denúncia pública, se procurar uma solução para o caso em apreço.
E pode interrogar-se, aqui, no
blogue, faz-se política? Faz sim senhor! Mas a favor da polis, da cidade. E,
essencialmente, tenta que seja saudável, no sentido da independência partidária
–salienta-se que não quer dizer que a partidária não seja necessária. O que
quero dizer é que, como sou muito calculista, se não me vincular ou professar a
fé de nenhum partido, penso, serei lido por todos. Por outro lado não me sentirei
manietado por qualquer um. Aqui respeitam-se todos, desde que cada um, de modo
igual, nos considere também. Não aconselharei o voto em nenhum candidato. Quem
me enviar notícias aqui, sem qualquer selecção, serão apresentadas. Quem me
convidar para uma qualquer sessão de esclarecimento, se eu puder estar
presente, irei com muito gosto. Em suma, sem querer dar lições a ninguém, prezo
muito a minha honestidade intelectual. Seguindo esse princípio, a todos darei
voz de forma igual e com independência.
Para dizer isto era preciso
escrever tanto? Pergunta você, e com razão? Que quer? A escrever sou como o
doente do psiquiatra: quanto mais contar mais a minha alma fica aliviada.
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