sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ANDAM A FURTAR PLACAS E O POLÍCIA NÃO SE IMPORTA



 Há dias fui alertado por um simpático velhote –como se eu fosse muito novo… ups!- de que tinha presenciado o furto de uma placa de metal, em pleno dia, junto à Ourivesaria Costa. “Era a placa do Dr. Bártolo, médico já desaparecido”, enfatizou. Disse também que se dirigiu a um agente da PSP a chamar atenção para este facto anómalo e que o cívico respondeu: “ó meu amigo, isto agora é o prato do dia. O que havemos de fazer?”. E o meu interlocutor, em face da resposta, ficou indignado e interrogava-me: “olhe lá, para que serve a polícia? Já viu isto? Acontecesse uma coisa destas no tempo do António (Salazar) que ambos levavam uma lição, o ladrão e o agente. Enfim! O que se há-de fazer, meu amigo?”, repetiu ele, sem se aperceber que colocava a questão da mesma forma. Quase sem saber o que lhe responder, prometi-lhe que iria verificar e que escreveria sobre este assunto. Não faço a mínima ideia quem seja este agente da autoridade, mas, em resultado desta resposta, talvez fosse bom alguém do comando sensibilizar os seus homens que respostas destas são o pior que se pode dar a quem quer participar na vida pública.
Entretanto, passei na Rua Ferreira Borges, onde outrora existiram muitos consultórios médicos e até laboratórios e a verdade é que as placas desapareceram quase todas. Como recordação passada restam lá os buracos. Creio, nunca ninguém se lembrou que estas chapas são pedaços de memória de uma Coimbra passada. Foram furtadas? Foram retiradas intencionalmente pelos donos dos prédios? Não sei. Deixo apenas o alerta. Quem quiser e julgar que deve tomar atenção que faça o favor. Faço isto porque entendo que, contrariamente ao que, presumidamente, o guarda da PSP teria retorquido, deve ser denunciado por todos. É um acto de cidadania. Claro que todos falam nisto, na cidadania, mas esquecem-se de explicar o que significa. Então, em vez de ser o primado da vida em sociedade, passa a”cliché”.






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