Há muito que se diz que os valores
das reformas que os aposentados recebem são o resultado de um cálculo efectuado
e assente no que descontaram ao longo da vida. Vem agora o Primeiro-ministro
dizer que não é assim. Tais pensões elevadas "não correspondem ao
valor dos descontos que essas pessoas fizeram". Disse também que "há
pessoas que estão reformadas e que têm reformas que são pagas por aqueles
que estão hoje a trabalhar". A complementar, disse ainda que “os
reformados do Estado têm hoje pensões e reformas bem mais elevadas do que
aqueles que trabalharam no sector privado, o que constitui uma injustiça
imensa".
É assim ou não? Mas, por outro lado,
como entender se os cortes, globalmente e sem discriminação, incidem sobre um
determinado valor recebido e independentemente da sua proveniência ser do
sector público ou privado? No caso, creio, as incisões serão de 3,5% a partir
de 1350 euros e chegam aos 16 por cento acima dos 1800 euros.
É interessante andarmos constantemente a ser bombardeados com informação, na maioria dos casos convictos em certas falsas verdades, depois, de repente, saídas não se sabe bem de onde, saltam novas premissas que sustentam novas teses. Não se sabe muito bem se Passos Coelho, tentando justificar os cortes cegos, se estará a referir apenas às reformas de muitos aposentados do Estado e ex-deputados, sobretudo estes, que ao fim de poucos anos, num completo escândalo, se viram contemplados e a receberem várias vezes mais do que pessoas que trabalharam a vida inteira. Talvez fosse bom que quer o chefe do Governo quer os vários “opinadores” de serviço viessem traduzir isto por miúdos. Por outro lado, se o referido visa apenas um grupo, não está certo juntar todos no mesmo saco.
É interessante andarmos constantemente a ser bombardeados com informação, na maioria dos casos convictos em certas falsas verdades, depois, de repente, saídas não se sabe bem de onde, saltam novas premissas que sustentam novas teses. Não se sabe muito bem se Passos Coelho, tentando justificar os cortes cegos, se estará a referir apenas às reformas de muitos aposentados do Estado e ex-deputados, sobretudo estes, que ao fim de poucos anos, num completo escândalo, se viram contemplados e a receberem várias vezes mais do que pessoas que trabalharam a vida inteira. Talvez fosse bom que quer o chefe do Governo quer os vários “opinadores” de serviço viessem traduzir isto por miúdos. Por outro lado, se o referido visa apenas um grupo, não está certo juntar todos no mesmo saco.
Por outro lado, tendo em conta
que a Suíça, para evitar a ruína da Segurança Social, por exemplo, tem um tecto
máximo de 1700 euros, dever-se-ia em Portugal caminhar no mesmo sentido ou não?
Mas se é isso que se pretende como ficam as pessoas que descontaram a vida
inteira para terem direito a um ressarcimento justo e superior? Creio que é um
assunto que deveria ser bem escalpelizado, discutido e tornado bem claro. Essencialmente
para quem faz descontos neste momento. Ou o contrato entre o cidadão e o Estado
é para cumprir por ambos ou, não sendo, nesse caso, é preciso que as regras se
tornem claras. Se não for para executar não pode continuar a ser sancionada uma
obrigação que, neste momento, tanto custa aos trabalhadores activos portugueses.
Sem comentários:
Enviar um comentário