"Caros Sócios e Amigos:
A seguir transmito a Carta Aberta
que deixo à Vossa consideração.
Voto de um Bom Ano 2013.
Com amizade e consideração,
João Silva
Carta Aberta
Aos Partidos Políticos
Aos Candidatos às Eleições
Autárquicas de 2013, no Município de Coimbra
Aos Cidadãos de Coimbra
Aos Cidadãos de Coimbra
No dia da Cidade, em 4 de Julho
de 2011, expus numa Carta Aberta, dirigida a Autarcas, Empresas e Cidadãos de
Coimbra, um conjunto de preocupações e suscitei uma reflexão e uma resposta
colectiva, sobre Protecção Civil e a sua organização e estruturação no nosso
Município.
O objectivo expresso foi o de
colocar a questão da Protecção Civil na agenda da cidade, das empresas e dos
cidadãos porque, sendo uma área da maior relevância, vivia um alheamento
colectivo que, como dizia: “... não pode continuar e os Bombeiros
Voluntários de Coimbra precisam de saber, de uma vez por todas, qual o papel
que lhe reconhecem e, consequentemente, qual o apoio que estão dispostos a
dar-lhes.”.
Atrevi-me, então, a aduzir um
vasto conjunto de argumentos para motivar a reflexão e a escrever: “É que, ou
há um sobressalto cívico e político relativamente à actividade e às condições
dos Bombeiros Voluntários de Coimbra e se decide colocá-los como uma verdadeira
prioridade em termos de apoio consistente, ou então teremos de nos interrogar
se merece a pena viver um quotidiano de insuportável desconsideração e
pedinchice.”
Terminava com o seguinte apelo: “Caso
os cidadãos, empresários e poder político entendam que somos dispensáveis e que
não se justifica o seu apoio então que o digam claramente porque este não é,
não pode ser, mais um tempo de enganos. Temos direito a respostas claras e
concretas. Basta de indefinições!”.
A resposta foi de uma eloquência
atroz: silêncio!
Como consequência foi necessário
aumentar a pedinchice para “não deixar cair” uma instituição, com 123 anos de
serviço e dedicação a Coimbra e ao País, a quem foram concedidas, entre outras,
a Medalha da Ordem Militar de Torre Espada e a Medalha de Ouro da Cidade de
Coimbra, pelos relevantes serviços prestados.
Concluí, assim, que na minha
Cidade, dita do Conhecimento, não havia motivação para debater as questões da
Protecção Civil, nem verdadeiro empenhamento para modernizar uma instituição
que tem uma prática secular de serviço de voluntariado activo, com um nível
relevante de preparação, e que continuou, apesar do alheamento geral, a ser
diariamente solicitada.
Habituado a assumir missões, com
sentido de responsabilidade, serviço público e amor a Coimbra, e porque 2013 é
um ano de eleições autárquicas, e, por isso, um ano de reflexão colectiva e de
escolhas determinantes para o Municipio, sinto ter o dever de apelar a todas as
forças políticas e aos respectivos candidatos para que inscrevam a Protecção
Civil nas suas preocupações e apresentem nos seus programam eleitorais, para
sufrágio dos eleitores, propostas coerentes e concretas que permitam resolver a
questão das instalações, apetrechamento e funcionamento dos Bombeiros
Voluntários de Coimbra.
Peço-lhes que tenham presente a
importância do que está em causa, dos riscos que o Municipio enfrenta e dos
mecanismos de protecção que necessita e, consequentemente, a resolução da
situação insustentável que vive a Associação e, em particular, o seu Corpo de
Bombeiros.
Estes são os votos para o Ano de
2013 do presidente da Direcção da AHBVC, que acaba o seu mandato no próximo mês
de Outubro mas que deseja, a bem de Coimbra e desta Associação, que a próxima
Direcção disponha de condições para realizar o sonho de décadas de conseguir
instalações funcionais e dignas para os Bombeiros Voluntários de Coimbra.
Coimbra, 27 de Dezembro de 2012
João Silva
(Presidente da Direcção da
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra)
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