SEMPRE EM PÉ

 O pino na entrada da Rua da Louça, que dá acesso às ruas estreitas para carga e descarga e para estacionamento de moradores –das 20 à 01 e das 08 às 10h00-, avariou e hoje de manhã causou algum desarranjo. Como se lhe tivessem injectado Viagra, manteve-se firme e hirto e impediu que os veículos entrassem ou saíssem da zona protegida.

Pelo aspecto mal estimado destes pinos –por muita culpa de alguns automobilistas que, para descarregarem a sua frustração,  apenas vêem neles algo que impede a sua circulação-, talvez fosse bom a Câmara Municipal mandar repará-los todos como deve ser e dar-lhes eficácia para o objecto que foram criados. Para além disso, é preciso mandar repor um que foi arrancado junto ao antigo Armazém Amizade, onde estão os vendedores ciganos. É que apesar de poucos darem valor a estes objectos eles podem contribuir muito para a segurança nocturna dos estabelecimentos. Repare-se, se estes pinos estivessem a funcionar em pleno em Outubro e Novembro, últimos, provavelmente, a perfumaria Balvera não teria sido assaltada duas vezes seguidas.

Bem sei que a maioria de comerciantes os considera uns abortos. No entanto, ao impedirem o estacionamento anárquico em qualquer sítio, podem e devem ter uma utilidade que reverte a favor de todos. Estas ruas estreitas, durante o dia, exceptuando a carga e descarga no horário indicado, devem ser para peões. Não há falta de estacionamento na Baixa. É muito caro, sobretudo nos silos, é verdade, mas isso é outro assunto. Neste texto só pretendi escrever sobre uns mal reconhecidos pinos que estão a ser inaproveitados.


(TEXTO ENVIADO À CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA)