Senti-me muito honrado ao ser convidado por Carlos Gaspar e a seguir corroborado por Lino Vinhal para, semanalmente, escrever uma página sobre a Baixa no Despertar. Ao aceitar, faço-o com gosto. Não sei se estarei à altura de desempenhar tal missão, mas, com a continuidade, os leitores do jornal avaliarão o meu desempenho e, como supremos juízes, ditarão o futuro. Não estou apreensivo, até porque escrever é o que mais gosto de fazer, no entanto, embora já colaborasse com outros jornais com textos, aqui é uma página inteira. Bem sei que faço isto mesmo no meu blogue diariamente, mas lá não estou preocupado com as audiências. No quase centenário Despertar já é um pouco diferente, mas, mesmo assim, procurarei corresponder às expectativas criadas pelos meus amigos acima citados.
Quem faz o favor de ler a minha modesta página da Internet sabe que sou assumidamente liberal, respeitando todas as idiossincrasias, isto é, o temperamento peculiar de cada um, e tento escrever com independência, seriedade e, acima de tudo, com grande responsabilidade. A escrita é uma arma temível, que mal usada pode causar danos irreversíveis. O que, em consequência, creio, quem exerce este mister, o deve fazer com muita sensibilidade e ponderação. No meu entender, quem é bafejado com este talento está obrigado a colocá-lo ao serviço do próximo. Isto é, deve ser proactivo na cidadania e dar voz a quem, por falta de meios, não se pode fazer ouvir. É assim que me coloco. É assim que procedo no meu dia-a-dia. Muitas vezes sou injusto? Infelizmente sou, não porque procure a iniquidade, mas porque no meio da selva de informação em que vivemos, por estranho que pareça e repetidamente, é muito difícil discernir, apurando a verdade, e cairmos no erro por avaliação deficiente.
Não tenho partido político, mas respeito o pendor ideológico. Também não sigo qualquer religião, sou agnóstico, mas, tal como na ideologia partidária, respeito integralmente e, sem favor, quem a segue e acredita.
Quem me conhece sabe que defendo a Baixa com unhas e dentes. Ao fazer esta apologia, tenho de confessar, há aqui um forte sentimento de egoísmo: vivo cá, quase todos os dias, e é aqui que trabalho. É mais que lógico que a defenda, porque ao tomar esta posição estou a olhar para o meu umbigo. Apesar do que acabei de escrever, transcendendo este sentir de alma, tenho a certeza, gosto dela. Esta zona histórica, com todos os seus defeitos, casario velho a cair, lixo pelas ruas e outras coisas mais, é a minha aldeia em ponto grande. É por esta zona de antanho que escrevo. É pelo amor que lhe dedico que me entrego de corpo e alma.
8 comentários:
Parabéns Luís!
É justo e merecido!
Vamos a elas (às palavras, claro).
Abraço!
A baixa fica bem entregue no Despertar.
Convite bem feito por alguém que sabe que é merecido! :-)
Tudo de bom para essa parceria! :-D
Muito obrigado, João Pedro. Um grande abraço.
Muito obrigado, Jorge. Você também faz muito bem este "trabalho".
Um abraço.
Obrigada, Sónia, pela força.
Um beijinho.
Parabéns.Mas não me surpreende por aí além,é apenas reconhecimento e justo.
Lá tenho eu de começar a comprar o Despertar.
Abraço,Marco
Obrigado, Marco, pelo seu alento.
um grande abraço.
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